Um dos assuntos mais importantes e discutidos no Brasil é a Educação. Há, no momento, grande preocupação com os rumos que o ensino está tomando em função dos resultados negativos apresentados no Enem e outros testes de avaliação, em que o desempenho dos estudantes não é nada animador.
Vê-se a preocupação do Poder Público em construir, construir e construir escolas. Em Imperatriz, por exemplo, não faltam unidades escolares, especialmente municipais. Recentemente, o Governo do Estado inaugurou mais uma escola. Ótimo, demonstra que a Educação está sendo uma prioridade dos governantes.
Aparentemente, Imperatriz não estaria precisando mais de prédios, pois só escolas municipais seriam 158, incluindo duas extensões, um convênio e municipalizadas. Mas ainda há déficit. Porém, num passado não muito distante, chegaram a fechar o tradicional colégio Dorgival Pinheiro de Souza, sob a alegação de falta de alunos.
Pois bem. Quanto mais escolas, melhor. Entretanto, deve-se ter a mesma preocupação com a qualidade do ensino. Os jovens dos ensinos fundamental e médio precisam ser mais bem preparados para ingressar nas faculdades e, consequentemente, no mercado de trabalho.
Os investimentos são necessários na qualificação dos professores, melhor remuneração e métodos de ensino mais eficazes para melhoria do desempenho dos estudantes. “Questões como formação de professores, Base Nacional Comum e conectividade são estratégicas e podem fazer o Brasil virar esse jogo”, afirmou, recentemente, Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.
A crise no ensino foi, mais uma vez, desnudada nesta semana. Os resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes mostraram uma queda de pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. Isso proporcionou uma queda do Brasil no ranking mundial: o país ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática.
Portanto, a quantidade tem que estar acompanhada da qualidade. Não basta somente oferecer salas e cadeiras.
Mas uma verdade tem que ser dita: não adianta ter professor qualificado e estimulado se o aluno não fizer a sua parte. É inquestionável o desinteresse de uma boa parte. Há alunos que vão para a escola apenas para “passar o tempo”. Não procuram se esforçar e ainda prejudicam quem está interessado em aprender.
A evasão é outro dado preocupante. Pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, revela que, entre 1999 e 2011, a taxa de evasão na faixa de 15 e 17 anos mais que dobrou, saltando de 7,2% para 16,2%. “A crise é inquestionável e não podemos mais adiar o enfrentamento de um problema tão grave”, disse Maria de Salete Silva, coordenadora do programa de educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância, no Brasil (UNICEF), em entrevista à revista IstoÉ.
Como se vê, a questão é muito complexa e precisa ser encarada com muita seriedade pelos governantes. A Educação no Brasil ainda tem jeito, sim. É só querer...
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