O eleitor consciente, aquele que não é apaixonado e quer ouvir propostas dos candidatos para decidir o seu voto, não aceita baixarias em campanha. Afinal, eleição é coisa séria. Está nas mãos dos candidatos o destino de uma cidade, dos seus habitantes. Mas os envolvidos na disputa eleitoral vão perdendo o controle conforme vai se aproximando o dia tão esperando, quando os eleitores vão às urnas para depositar o seu voto. 

Há poucos dias, em Barra do Corda os dois grupos que se digladiam pela Prefeitura “inauguraram” uma das maiores baixarias já vistas em eleições. É a gravação de uma “música”  em que buscam jogar  no esgoto a reputação do concorrente. 

O nível da campanha cai a zero. O ofendido também entra no jogo e dá a resposta no mesmo tom que é de fazer inveja aos energúmenos. Hoje, infelizmente a “moda”   não está restrita apenas a Barra do Corda, já contaminando outras cidades.

Primeiro chegou a Bacabal, depois a São Luís e, agora, a Imperatriz, que espera do próximo mandatário seguimento às transformações  por que vem passando a cidade. Nos programas do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV os candidatos estão mostrado as suas propostas, sem se preocupar em atacar os adversários. Até surpreendente...

Mas fora do horário eleitoral, a baixaria está tomando de conta. No meio da semana, a “música” de Barra do Corda chegou a Imperatriz com adaptação direcionada ao “chambari”, naturalmente referindo-se ao candidato  Ildon Marques. Na sexta-feira, a cidade amanheceu com outra vítima da baixaria, o candidato Ribinha Cunha.

Ridicularizam não apenas o candidato, mas também familiares, amigos e aliados.  

Como já virou uma peste incontrolável, o próximo alvo pode ser Rosângela Curado ou Assis Ramos e até mesmo Edmilson Sanches e Sandro Ricardo, se passarem a ser vistos como ameaça na corrida rumo à Prefeitura.

Ninguém ganha com isso, a não ser quem acha que seria beneficiado com a suposta desconstrução que a “música” causaria na candidatura do adversário. O eleitor, pelo menos aquele que espera ver uma campanha decente, não aprova a baixaria. Tem nojo. Os tempos são outros. E aí, o tiro sai pela culatra contra os que apostam na contramão do bom senso. 

Dia 2 de outubro está se aproximando. Que nesses poucos dias que ainda restam de campanha, os nossos candidatos usem da sua sabedoria e das boas intenções para conquistarem o eleitor, ávido por propostas construtivas que possam transformar Imperatriz na tão sonhada cidade boa de se viver.