É notório que o “pulmão” econômico de Imperatriz é o comércio. O setor Mercadinho é o centro atacadista, que atende não apenas a região Tocantina, como também o sul do Pará e o Norte do Tocantins. 

É o pilar principal que sustenta a cidade, gerando emprego, renda e recolhimento de impostos para os cofres dos poderes públicos federal, estadual e municipal.

Ah, mas alguns vão dizer que os empresários não pagam impostos, são sonegadores. Sim, no Brasil em que tudo de irregularidade acontece, não poderia deixar de haver sonegadores de impostos. Mas a grande maioria paga. Pode não pagar tudo, mas paga, apesar do peso da carga tributária que massacra os empreendedores.

O Brasil enfrenta um período de crise político-financeira que está resultando em fechamento de empresas e demissões de trabalhadores. Já são mais 12 milhões de desempregados. E nessa hora de dificuldades, há a necessidade de se manter diálogos entre governo e o setor comercial/industrial para que se sobreviva a essa tempestade econômica que mergulhou o País numa profunda recessão, talvez a pior da sua história. 
 
E como não poderia deixar de ser, o setor atacadista de Imperatriz está fortemente fragilizado.  Os empresários expressam a sua grande preocupação com os rumos que estão sendo tomados, havendo o temor de que sejam obrigados a fechar as portas. Seria a decretação, também, do “fechamento” de Imperatriz.

Mas o que afeta os atacadistas não é apenas a crise nacional. Existe a questão da carga tributária. Eles se queixam da alíquota do ICMS. Estão praticamente sem condições de cumprir com a obrigação em função do seu valor e do baixo lucro do setor atacadista. Um empresário narra, apreensivo, o momento que está atravessando, cheio de incertezas sobre o amanhã da sua atividade. 

A reclamação sobre impostos também é ouvida de proprietários de mini-supermercados, os principais clientes dos atacadistas do Mercadinho. 

O problema já levou o Sindicato do Comércio Atacadista e a Associação Comercial e Industrial de Imperatriz a solicitar uma reunião com o secretário de Estado da Fazenda, Marcellus Ribeiro Alves, que dialogou com a classe na última terça-feira, 6. 

A expectativa dos empresários é de que o Governo do Estado mantenha um canal de diálogo permanente com a classe e busque saídas para aliviar o sufoco que ameaça travar o “pulmão” econômico de Imperatriz e região. 

Pagar impostos é preciso, é obrigação. Mas só paga quem está em atividade. Fechar é prejuízo para o Estado e a sociedade...