É um protesto legítimo igual ao acontecido em inúmeras cidades, com a participação de dezenas de milhares de pessoas inconformadas, insatisfeitas, dizendo não às políticas públicas.
Na tarde de ontem, assinado por organizadores dos diversos movimentos, fizeram chegar na SETRAN ofício onde informam às autoridades da realização de ato público, a partir das 16h, na Praça de Fátima. Dali, a manifestação seguirá pelas ruas Luís Domingues, Ceará e terá seu término na Rua Simplício Moreira.
A comunicação, mero ato de formalidade quando se trata de ato público, estabelecido em garantia constitucional, é um bom sinal. Denota a intenção de seus organizadores em protestar de forma pacífica e democrática, o que é garantido por lei e não depende de autorização.
Tudo começou com o transporte coletivo, sua baixa qualidade e o alto preço das tarifas. Evoluiu para a utilização do dinheiro público na construção dos estádios e no estouro do teto estabelecido e chegou às mazelas que afligem, há muito, a família brasileira. Falta de segurança, busca por mais qualidade na educação, na saúde e nos serviços públicos e, agora, alta dos preços.
Brasil afora, o que se percebe, até agora, é um movimento surgido, naturalmente, via redes sociais e sem posicionamento político-partidário, expondo a insatisfação da sociedade. É formado por pessoas de todas as idades que nessa união de anseios buscam seus direitos. O protesto não tem dono. Tem causas.
Imperatriz não poderia e não deveria ficar de fora. Aqui nosso povo tem uma história de lutas, um comportamento de não agressividade e de repúdio à violência. Isso, certamente, será visto pelas ruas no dia de hoje. Na cidade que descobre o crescimento, que trabalha, há lugar para o protesto como forma de busca por melhores condições de vida.
Às autoridades, nossa confiança em seu trabalho; aos manifestantes, nossa solidariedade e reconhecimento à legitimidade.
A Imperatriz, nossa certeza de paz.