É preciso que todos aqueles que tenham negócios e relacionamentos com Imperatriz respeitem-na. Entre esses, está a CAEMA, concessionária de um serviço público essencial para a população, que é o fornecimento de água tratada e potável. Infelizmente, parece que só ela - a CAEMA - e seus diretores, em meio a milhares de empresas aqui estabelecidas e a uma população de quase trezentos mil habitantes, não perceberam ainda que sua proposta é a de prestar um serviço que é essencial, como o é, a energia, a educação, a segurança pública e a saúde. Ou é isso, ou então a CAEMA, a não se dar conta da sua importância, exibe total menosprezo por Imperatriz e seus habitantes, a ponto de deixar todos à mercê de gotas d'água na torneira.
É falta de respeito! Há muitos dias que a população de Imperatriz sofre, recorrendo a vizinhos que possuem outro tipo de abastecimento, poço, por exemplo, para manter a higiene e o funcionamento mínimo que uma residência e um estabelecimento comercial requerem. Falta água no Maranhão? A obviedade da resposta conduz a oca responsabilidade que a empresa mantém para com Imperatriz. O mundo mudou, com ele, as relações. Empresa que deseja ser respeitada deve respeitar, informar, principalmente quando é no contribuinte que ela encontra sua razão de ser, de cumprir suas obrigações. Água, a CAEMA até retira do rio Tocantins de graça, mas não é de graça que ela fornece. Assim, merece repúdio ao longo desses dias o desconforto a que o imperatrizense vem sendo submetido. Esse é o fato.
A versão de que “estamos em manutenção” se ouve dizer, porque até o presente momento a empresa não se dignou a divulgar sequer um ai, quanto menos uma nota para justificar o ato, incompreensível, se verdade for, de que todas as bombas estariam paradas, passando por um processo de revisão. É no mínimo, além da falta de programação, o que já demonstra despreparo técnico, desprezo.
E tudo isso, em meio a um brutal aumento de conta que todos os imperatrizenses, e de resto o Maranhão, foram submetidos. Em média setenta e quatro por cento. Fica visível: arrecadar é a meta, respeitar, não. Não é só a CAEMA que ignora os direitos que a população merece, mas a classe política também. Onde estão nossos deputados, especialmente os estaduais - mais diretamente ligados ao problema - eleitos que foram para defender nossos interesses?
Publicado em Editorial na Edição Nº 14447
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