A notícia de repercussão da semana em Imperatriz foi o parecer do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão sobre as contas de 2009 da Secretaria Municipal de Educação. Uma bomba caiu no colo dos gestores responsáveis pelo manuseio dos recursos do FUNDEB. As ilegalidades apontadas pelo órgão encarregado da fiscalização das verbas públicas apontam uma soma de R$ 10 milhões.

O ex-secretário de Educação, vereador Zesiel Ribeiro, em nota se disse surpreso com a notícia “vinculando minha pessoa a eventuais irregularidades” e assegurou que todos os atos foram “auditados e executados em conformidade com a lei”.

A notícia, considerada pelo ex-secretário como “maldosa e alardeada pelos meus adversários”, foi publicada com base em relatório do TCE-MA. O número do processo é 6634-2010. Portanto, não há nenhuma invenção, e quanto à divulgação, coube à imprensa apenas o papel de divulgar o fato, não lhe interessando os personagens envolvidos no grave problema.

As ilegalidades apontadas pelo Tribunal poderão ter um desfecho além da decisão do órgão de aplicar multa e exigir ressarcimento ao erário, no valor de R$ 4,3 milhões. É que a Polícia Federal entrou no caso para abertura de inquérito, que depois de concluído será remetido à Justiça Federal, já que os recursos são federais. Caberá à justiça dizer se os responsáveis são ou não inocentes. 

O caso da Secretaria de Educação seria apenas um de outros que possivelmente estourarão em Imperatriz. E a culpa seria de quem? Nossa ou da população? Não. Mas não deixam de ficar zangados com a imprensa, fazendo ilações e tentando desviar o foco dos fatos, como se isso fosse convencer alguém.

A questão da saúde pública municipal continua séria e o assunto incomoda ex-gestores. Há dias vem sendo sugerido na Câmara Municipal a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para colocar em pratos limpos tudo que ocorreu nos últimos anos na saúde.

A medida seria importante até para a própria administração passada. Esclareceria as dúvidas que pairam sobre a gestão. Portanto, não se entende a indignação de quem deveria ser o primeiro a apoiar a iniciativa, já que bate na mesa e garante que não existe nada de irregular. Se estiver tudo “bacana”, então por que ficar nervoso?

Não mandamos em vereador. E nem temos essa intenção, até porque a Câmara Municipal de Imperatriz é livre e só deve satisfação ao povo. Apenas estamos dando eco, como órgão de comunicação, ao desejo daquela Casa de Leis de criar a CPI da Saúde.

E se for pela vontade da população, certamente haverá a investigação. Então, resta à Câmara dar o pontapé. E que tudo seja esclarecido...