Antigamente, a ineficiente Caema colocava na conta a frase “a água mais cara é aquela que não se tem”. Quanta verdade! No momento, a população de Imperatriz está pagando caro, e muito caro, pela ausência de água nas torneiras desde o início da semana. O preço é altíssimo.

Hoje, a Caema coloca na conta: “Agradecemos pela sua pontualidade”. Refere-se ao pagamento em dia pelo consumidor. Pois é. Mas cadê a pontualidade da empresa? O torturado consumidor não tem certeza do dia seguinte com água em casa, porque já está calejado da inoperância da empresa.

No momento, estamos voltando ao “túnel do tempo”, quando se via nas ruas as pessoas de Imperatriz com lata d’água na cabeça. Não tinha a Caema, não tinha água encanada. Mas não se passava humilhação e nem raiva, porque não tinha uma Caema para se esperar pelo líquido, que vinha não pela força das bombas e canos, mas pelas gangorras dos poços.

Desta vez, o problema de agora não é por causa de bomba quebrada. Mas da adutora, rompida por uma retroescavadeira que estava trabalhando na abertura de valas para serviços de drenagem no bairro Bacuri. Pelo visto, a Caema nem sabe por onde passa a sua tubulação. Incrível!

O problema, que parecia não muito difícil de ser resolvido, virou uma dor de cabeça para a empresa e, principalmente, para os consumidores. Decidiu-se pela solda de uma placa. Depois de três dias de serviços, o resultado: o “remendo” não surtiu o efeito desejado. Tentou-se de novo, e nada! A ineficiente Caema culpou o envelhecimento da tubulação. A saída, então, seria a afixação de uma junta mecânica.

Ora, por que somente depois de tanto sacrifício se conscientizaram que soldar uma placa não resolveria o problema? Teimosia?! Incompetência?! Aliás, de incompetência a Caema vive há muitos anos, tanto que os problemas são os mesmos de décadas.

O sofrimento vivido pela população se mistura ao constrangimento causado (pela ineficiente Caema) ao governador Flávio Dino, que na quarta-feira esteve em Imperatriz. A sua agenda previa a assinatura da ordem de serviço para obras de melhoria e ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade. Mas foi cancelada, sem explicação. Talvez porque não havia clima para isso, neste momento crítico.

Durante a campanha de 2014, Imperatriz viveu o drama da falta de água, aumentando a ira da população contra o candidato situacionista. Com a eleição de Flávio, pregando mudanças, esperava-se, também, não apenas mudanças de nomes na Caema, mas da forma de funcionamento. Se houve, como pregam, a população ainda não sentiu isso!

Continua, sim, sendo vítima da incapacidade de funcionamento de uma empresa que seguiu para ser um carrasco de uma população que já não aguenta mais tanta incompetência.

Ou a Caema muda de verdade, ou o governo jogue a toalha, entregando-a à iniciativa privada.

Basta! O povo cansou...