Caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém. Este velho adágio popular, que não custa nada ser seguido, vem sendo ignorado no período de pré-campanha eleitoral em Imperatriz pelos fanáticos seguidores dos pretensos candidatos a prefeito. A “preliminar” do pleito de 2 de outubro já dá mostras de como será a campanha, marcada por baixarias com agressões verbais – e, se duvidar, até físicas.
É um clima de guerra. Acompanhemos as redes sociais, especialmente os grupos de whatsapp. O alvo não está sendo mais apenas o político. Os ataques já descambam para o lado pessoal. Recentemente, a esposa de um candidato foi a vítima de um sórdido ataque. Imagine se ela vivesse se expondo nessa guerra político-eleitoral.
Mas não é a única vítima das agressões. Todos os pré-candidatos já sofreram algum tipo de ataque pessoal, numa prova do baixo nível que já predomina o clima que antecede o período oficial da disputa pelo palácio Renato Moreira.
Há de se fazer justiça em relação aos pré-candidatos. Eles estão tendo um comportamento decente, em respeito ao adversário político e ao cidadão. Não acreditamos que orientem nenhum seguidor a usar táticas rasteiras que só empobrecem o debate e a verdadeira política, a política com “P” maiúsculo.
Imperatriz não é mais nenhuma corrutela, onde os grupos antagônicos partem para o embate como se fosse o “tudo ou nada” na vida, comportando-se como nos velhos tempos do coronelismo. O clima era tão tenso que adversário não pisava na calçada do outro.
Há pouco mais de cinco dias, os pré-candidatos Rosângela Curado e Assis Ramos deram uma demonstração de civilidade ao se encontrarem. Além do tratamento respeitoso, ainda posaram para fotos. Um exemplo para os seus seguidores, especialmente àqueles exaltados que passam o dia “cuspindo fogo” nos quatro cantos da cidade.
É importante observar que o eleitor já não admite mais agressões em campanhas. Quer ver propostas, debates proveitosos, que tragam luz para o caminho da resolução dos problemas, que são muitos, da nossa cidade.
Observa-se, também, que estamos em um estado de direito, onde há leis e os direitos de cada um devem ser preservados. Democracia não pode ser confundida com anarquia, e não autoriza a pessoa a manchar a reputação de outrem. E para reparar danos, há a Justiça, o caminho que deve ser seguido por quem se achar ofendido, seja candidato ou eleitor.
Pensem nisso. Vamos ajudar a fazer uma eleição limpa. Como exigimos dos políticos.