Assustador o volume de esculhambação em que está mergulhada Imperatriz. São problemas de todos os tipos e em todo canto. Até parece que nunca teve comando. A culpa não é somente da atual gestão e nem da passada. Os problemas vêm se acumulando desde que Imperatriz começou a imprimir um ritmo de crescimento.
As ruas estão tomadas por camelôs. As praças também estão ocupadas. De área de lazer, passaram a ser ponto comercial. As bancas, de papelão e lona, mercadorias expostas no chão, carrinhos de frutas, placas e até churrasqueiras deixam a cidade feia.
Construções avançam sobre o passeio público. Terrenos baldios no Centro se transformam em lixões. Os imóveis são apenas para especulação, sem que os donos tenham pelo menos a preocupação de murá-los. Uma vergonha para uma cidade que pretende ser capital do tão sonhado Maranhão do Sul, até hoje usado apenas como palanque eleitoral.
O trânsito é caótico. Carros e motos são estacionados em qualquer lugar, inclusive nas calçadas. Comerciantes “reservam” vagas de estacionamento em frente aos seus estabelecimentos como se fossem donos das ruas. Vá reclamar! Corre o risco de ser agredido.
Ruas são usadas pelas autoescolas para instrução de baliza. Um dos absurdos ocorre todos os dias, logo cedo, em frente ao complexo esportivo Barjonas Lobão, em que caminhão é usado na aula, causando transtornos aos motoristas que estão se deslocando para o trabalho e levando filhos para a escola.
Como o costume do cachimbo é que entorta a boca, todo mundo entra na onda e o que se vê é uma desorganização total. Recentemente, houve uma polêmica porque a Setran e a Polícia Militar fizeram a apreensão de motos estacionadas irregularmente em frente a uma faculdade.
Houve protestos e defesa dos infratores nas redes sociais, como se os culpados fossem os agentes da lei. Chegaram, inclusive, ao cúmulo de sugerir que primeiro fosse feita uma campanha de conscientização para somente depois serem tomadas medidas punitivas. Ora, para que servem as aulas teóricas e práticas para a aquisição da carteira de habilitação? Ou não estudaram legislação de trânsito?
Reações como estas também acontecem quando medidas são tomadas em outros setores. Há um exemplo recente, quando a prefeitura tentou retirar vendedores ambulantes da “Praça” de Fátima. Houve interferência até de vereadores.
Mas em Imperatriz é assim. Os que cobram do poder público são os mesmos que condenam as medidas moralizadoras.
Talvez comunguem com a frase de um folclórico cidadão que vive nos corredores da Câmara Municipal: “Imperatriz é boa por causa da falta de ordem”.
Apesar de tudo, vamos continuar sonhando com uma cidade melhor.
É possível...
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