Normalmente a população, e até mesmo a oposição, esperam pelos primeiros 100 dias de administração para fazer julgamento do novo gestor. Mas, no momento, em Imperatriz está se vendo uma pressa em cobrar e avaliar a administração do prefeito Assis Ramos.

Hoje são 28 de janeiro. Assis Ramos tomou posse no dia primeiro. Portanto, está há menos de um mês sentado na cadeira n° 1 do Palácio Renato Moreira. Pouco tempo para fazer muito em uma cidade onde a cada minuto aparece um problema.

Mas os críticos diriam: “não tem desculpa, ele recebeu a casa arrumada”. Mas onde? Em Imperatriz? Não se deve negar o que foi feito pela administração passada, mas muitas demandas foram deixadas para ser resolvidas, e não será em um passe de mágica.

A nova administração assumiu já com buracos e crateras “brotando” nas ruas em toda a cidade. Os postos de saúde e o Socorrão com os mesmos e velhos problemas. As ruas tomadas pelos camelôs. Os servidores reclamando seus direitos. Coretos imundos. Praças que fazem vergonha. Quadras esportivas abandonadas e tantas outras coisas.

Em audiência com os representantes do Sindsaúde, o prefeito Assis Ramos revelou que recebeu o caixa da saúde com R$ 6 milhões, mas as dívidas chegam a R$ 21 milhões. Os servidores estão sem receber o pagamento do vale alimentação referente aos meses de outubro, novembro e dezembro. A prefeitura não tem como pagar tudo de uma vez. E ficou acertado que será parcelado. 

Durante a semana o prefeito também recebeu a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Educação. Eles não receberam o vale alimentação de dezembro. Outra dívida para a nova administração se “virar nos trinta” para pagar.

Mas Assis Ramos demonstra que não vai ficar olhando pelo retrovisor e nem reclamando dos antecessores. A sua meta é a resolução dos problemas deixados e executar o plano de governo que prometeu na campanha eleitoral. 

Além da “herança” deixada pelo antecessor, o prefeito ainda vem enfrentando dificuldades por conta da não liberação, pelos órgãos de origem, de alguns secretários indicados, a maioria de pastas importantes, como Saúde e Educação. Isso sem falar na fase de adaptação dos neófitos na tão complexa administração pública.  

Como se vê, o primeiro mês será mais para tomar pé da situação em que se encontra a máquina administrativa e buscar meios para engrená-la. Portanto, ainda é muito cedo para as injustificadas críticas contra quem ainda nem esquentou uma cadeira que ocupará por quatro anos.

Os moradores de Imperatriz, simpáticos ou não ao novo prefeito, precisam torcer para que dê certo. Não se pode apostar no “quanto pior, melhor”.  Afinal, está em jogo não somente o futuro político do gestor, mas o de toda a cidade.