Estamos chegando ao final de mais um ano. Hoje é o último dia de 2016. À meia-noite estaremos comemorando a chegada de 2017 com fogos de artifício e festas. Todos os anos a mesma empolgação, com a esperança de que o ano novo seja melhor. Mas nem sempre é.
Despachamos 2015 acreditando que teríamos o ano seguinte melhor. Ledo engano. 2016 não deixará saudades. Pior que o passado. Ano de forte crise econômica e política, que resultou no desmonte total de uma situação que vinha melhorando desde a implantação do Plano Real, em 1994, pelo presidente Itamar Franco.
O Brasil perdeu mais seis posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 81ª colocação em 2016, ficando abaixo de países como Albânia, Armênia, Guatemala, Irã e Jamaica. E na América do Sul atrás de Chile, Peru, Colômbia e Uruguai.
Para tentar tirar o País do buraco cavado pela sua antecessora, Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer está sendo obrigado a tomar medidas amargas, penalizando a já sufocada população. Vemos o Poder Público em dificuldades para cumprir com as suas obrigações, como pagamento de servidores. Imagine a iniciativa privada, que não cobra impostos. Aliás, impostos altos que travam o crescimento das empresas e levam muitas à falência.
Embora as medidas adotadas pelo governo para a recuperação da economia e o otimismo do presidente Temer, que acredita na derrota da crise em 2017, as projeções dos especialistas para o novo ano não nos reservam melhor sorte.
Para a professora de economia da Fundação Getúlio Vargas, Virene Matesco, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá no máximo 0,5% em 2017. Ela diz que somente quando consumidores e empresários recuperarem a confiança, a economia começará a recuperar-se plenamente.
Apesar de tudo, não podemos perder a esperança, afinal não custa nada. Rezemos para que seja o contrário das previsões, porque não suportamos mais piora dos índices econômicos e sociais, como queda na atividade produtiva, no nível de emprego e renda e subida da inflação. Isso sem falar na elevação de impostos.
Vamos ser otimistas como Temer, mesmo que estejamos nos enganando. Vamos repetir a sua frase - “O ano de 2017 será efetivamente um ano novo, será o ano que nós vamos vencer a crise”. Não imaginamos ser preciso dizer que “em 2016 éramos felizes e não sabíamos!”. Jamais.
É como Temer que deveremos virar o ano sabendo que não há milagres, mas que há soluções. Portanto, esqueçamos 2016, mas pelo menos agradecendo por estarmos vivos, dispostos a enfrentar os desafios no novo ano e darmos a volta por cima, recuperando a felicidade perdida num passado recente.
Adeus ano velho, feliz ano novo.
Brindemos 2017.
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