Governador Flávio Dino e os secretário Carlos Lula e Marcos Pacheco detalharam as medidas realizadas no Maranhão - Handson Chagas

Em coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira (30), no Palácio dos Leões, o governador Flávio Dino informou as atualizações sobre a situação sanitária e econômica no Maranhão em razão do novo coronavírus (Covid-19). Na ocasião, Flávio Dino pontuou os casos confirmados e informou sobre o primeiro óbito por conta da doença no estado. Citou ainda medidas da gestão para conter o avanço do Covid-19 e o apoio aos maranhenses neste momento. "As medidas restritivas estão mantidas e serão reavaliadas conforme o cenário. Não seremos irresponsáveis de por em risco a saúde dos maranhenses", frisou.

O governador iniciou a coletiva destacando o trabalho de ampliação da rede hospitalar e pontuando que "o Maranhão conta com oferta de leitos, em vários pontos do território maranhense, suficientes para enfrentar esse primeiro ciclo do coronavírus". O Governo do Estado aguarda ainda entrega de material para 20 leitos, que virá do Ministério da Saúde e com estes, somarão mais 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender os casos no Maranhão.  
Sobre as estratégias para atendimento dos casos, Flávio Dino ressaltou a ação parceira do Governo do Estado, Prefeitura de São Luís e Universidade Federal do Maranhão (UFMA) na promoção de rotina única de atendimento nas unidades de saúde, UTIs e leitos de retaguarda.
Quanto aos impactos econômicos, o governador citou a lei sobre renda básica, que deve ser aprovada pelo Senado e, se assim for, ser aplicada já na próxima semana. "Sabemos da importância dessa renda para as famílias do Maranhão e do Brasil e, assim, esperamos que essa lei seja aprovada o quanto antes. Reiteramos que toda a estrutura do Governo do Maranhão está à disposição do Governo Federal para colaborar na implementação da renda básica de cidadania", reforçou Flávio Dino.
Em resposta aos jornalistas, Flávio Dino informou que houve mudança de fases na transmissão do coronavírus no Maranhão, e que a estimativa das autoridades de saúde, com base nos 23 casos confirmados até agora, é que pode haver mais de 200 pessoas, de todas as faixas etárias, portando o vírus sem saber. O perfil é de transmissão comunitária, quando já não é possível identificar a origem do vírus. 
"Temos pessoas de um ano a 80 anos com a doença confirmada no Maranhão. Estamos caminhando no terreno da prevenção e com responsabilidade", disse o governador.
Flávio Dino reforçou a importância da colaboração de todos para o isolamento social e havendo agravamento do problema, medidas serão tomadas para reforçar esse isolamento. "O que vale no território maranhense é o decreto do Governo do Estado, em proteção à saúde pública de todos os maranhenses, cujos decretos estaduais são reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal", enfatizou. É avaliada ainda a flexibilização da reabertura parcial do comércio, caso haja estabilidade do cenário atual.
O governador informou da transmissão de aulas da rede pública em canais na internet, para que estudantes não tenham prejuízo neste período. Sobre medidas para que seja seguido o isolamento social, informou que são feitas "revisões diárias e avaliamos que, neste momento, estamos no ponto adequado, com o controle de casos e bem abaixo da média brasileira". Havendo mudança desse perfil, o Governo do Estado irá rever as medidas, acrescentou o governador. Do total de 23 casos, três estão hospitalizados e os demais, em isolamento domiciliar, sendo monitorados com seus familiares.
Outras medidas como a conquista na justiça para zerar o imposto sobre a produção do álcool em gel e máscaras, novo calendário do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), redução da tarifa de água a 850 mil famílias de baixa renda e a distribuição de mais de cinco mil cestas básicas de alimentos foram citadas na coletiva. 
Estiveram presentes durante a coletiva, os secretários estaduais Carlos Lula (Saúde) e Marcos Pacheco (Articulação das Políticas Públicas). (Secap)