Por Hatus Wallison Nogueira Fernandes

Desde o início da história humana, o homem percebeu que a vida em conjunto era uma inerência para a sua própria existência e sobrevivência. Assim, o ser humano começou a se organizar em grupos, onde os homens caçavam e as mulheres faziam a comida e cuidava das crianças.

O conhecimento foi aumentando, e dessa forma, essa organização social primitiva se tornou uma sociedade com deveres e direitos, nascendo a grosso modo, além de outras divisões sociais, a política, a religião e a economia.

Com a evolução da humanidade, passando pela a idade antiga, idade moderna até a chegarmos à idade contemporânea, o indivíduo foi condicionado a crer naquilo em que outras pessoas acreditavam. Consequentemente, as nossas aspirações se tornaram manipuladas, por isso que sempre tendem a se coincidir com a da maioria das pessoas. Chamamos isso de “Controle Sistêmico da Mente”.

Isso ocorre pelo o fato do homem não descobrir a si mesmo. Ou seja, o ser humano não realiza auto reflexão. Ademais, para exterminar de vez essa possibilidade, criaram o “watsapp”, destruindo qualquer, qualquer chance do indivíduo se libertar. Ensejando assim, a realização de práticas dos mesmos hábitos e costumes aceitos pela a maioria.

Contudo, isso é imposto ao ser humano de forma camuflada e inconsciente.

Nesta esteira, a mídia faz um papel de extrema relevância. Posto que todos os dias somos bombardeados com informações que às vezes passam despercebidas pelo o seu consciente. Porém, adentra no subconsciente do ser humano. Por conseguinte, a pessoa toma uma decisão perante uma situação, baseando-se em uma ideia pré- concebida, que nem sabe que está dentro dela.

Para exemplificar, vejamos.

Exemplo 1 - “Imagine uma pessoa rica que no final de 2017 adquiriu um celular chamado “IDIOTONE 360” por um preço de R$ 4.000,00. A loja que vendeu o celular no mês de maio de 2018 já está anunciando que no próximo mês irá lançar no mercado o “IDIOTONE 360 PLUS” por um preço de apenas R$ 4.500,00. Essa mesma loja coloca à venda um celular com nome de “IMBECIOTEC 220” com o preço de R$ 2.800,00. Afirmando para tanto, que este aparelho tem as mesmas funções daquele, porém é de outra marca. Em ato contínuo, aquela pessoa rica acreditando que está sendo independente e fazendo o que quer, irá sem necessidade, comprar o celular mais caro.”

Exemplo 2 – “Imagine uma pessoa pobre que no final de 2017 adquiriu de forma parcelada um celular chamado “Bustec 120” por um preço de R$ 1.000,00. A loja que vendeu o celular no mês de maio de 2018, já está anunciando que no próximo mês irá lançar no mercado o “IDIOTONE 360 PLUS” por um preço de apenas R$ 4.500,00. Essa mesma loja coloca à venda um celular com nome de “IMBECIOTEC 220” com o preço de R$ 2.800,00. Afirmando para tanto, que este aparelho tem as mesmas funções daquele, porém é de outra marca. Em ato contínuo, aquela pessoa pobre acreditando que está sendo independente e fazendo o que quer, irá sem necessidade, comprar de forma parcelada o celular de R$ 2.800,00.”

Nesses exemplos, a manipulação midiática condiciona o indivíduo ao desejo material de adquirir determinado produto, que ele acredita ser o melhor para a sua vida.

Algumas pessoas dizem que isso é a globalização. Afirmando assim, que o mundo de hoje é veloz, dinâmico, e quem não acompanha a tecnologia ficará para traz e será excluído da sociedade.

Não estamos aqui condenando o consumo, mas a falta de escolha da pessoa. Além do mais, sabemos que a globalização traz muitos benefícios. Mas por vezes, traz males, muitos males para a sociedade.

Nesse sentido, observamos que quando uma pessoa é induzida a comprar determinado produto e pode pagar não se cria tantos problemas.

De outro modo, quando a pessoa é induzida e não pode comprar, cria – se um problema.

Podemos observar isso quando assistimos o jornal na TV, pois quase todo dia sempre tem assalto, furto , e as vezes esses crimes vem acompanhado de morte.

A única coisa que é globalizada, por via de regra, é a informação.

Quando um jovem africano, sueco, americano, peruano, brasileiro, filipino assisti a propaganda, ele quer ter acesso aos bens de consumo. Todavia a realidade social de cada jovem desse é diferente.

Pare e pense.

Cada país tem suas particularidades.

Por exemplo.

Exemplo 3 - “Na Suécia, quando um jovem quer ter um celular moderno, roupa de marca, carro do ano, ele simplesmente ele possui. Pois a sua renda ou dos seus pais é alta. Uma vez que o país em que vive lhe dá educação, saúde, segurança, todas de extrema qualidade. Ensejando portanto, uma profissão que lhe dê oportunidade de ter acesso aos bens de consumo.”

Exemplo 4 – “Na periferia da cidade do Rio de Janeiro/RJ, quando a polícia prende um jovem infrator, este que cometeu o crime porque queria ter acesso aos bens de consumo tais como celular de última geração, roupa de marca, mulher bonita e etc, afirma que nunca teve escola decente, saúde boa e oportunidade. Assim, entrou para o tráfico porque sabe que trabalhando de forma justa, será muito difícil de ter acesso aos bens que tanto anseia.  Ocasionando dessa forma, aumento do tráfico de drogas, roubo, furto, homicídio e tudo aquilo que nos mata e amedronta.”

Nota-se, ao nosso humilde modo de ver, que a violência também, de forma indireta, é alimentada pela a ideia de poder consumir aquilo que me disseram que é bom. Quando isso ocorre com quem pode, beleza! Agora quando ocorre com quem não pode, gera frustração e germina a violência.

Não pense que acontece apenas na esfera baixa.

Saiba que os crimes de “colarinho branco”, surgem pelo o fato de os políticos corruptos quererem ter muito dinheiro, para que possam acessar os mais variados luxos que o dinheiro pode comprar.

Por outro lado e contextualizando esse tema para a realidade econômica do Brasil. Verificamos.

Atualmente o nosso país está passando por uma grande turbulência.

Na última semana presenciamos o dólar galopando e querendo chegar a R$ 4,00. Talvez a população não saiba, mas a inflação é também causada pelo o aumento do dólar.

Façamos um esclarecimento.

“O Brasil não produz diesel e gasolina suficiente. Assim, Ele importa esses combustíveis do exterior, e paga em dólar. Em seguida, por fatores internos e externos, o dólar aumenta. Consequentemente, o frete aumenta. Se o frete aumenta o produto final aumenta para o consumidor. Por fim, este que anseia o produto paga mais caro. E no nosso caso, imperceptivelmente aumenta a violência como vimos no exemplo 4.”

Observa-se, dessa maneira, que o Brasil e os países emergentes sofrem muito, muito mais com essa prática de consumismo.

Se o raciocínio estiver certo, percebemos que tudo nesse mundo está conectado. E que cada ação de uma única pessoa ou grupo, pode afetar toda a sociedade.

No entanto, temos que acordar desse engano, para que possamos fazer as conexões corretas, para ter as soluções exatas.

Diante o exposto, pergunta-se.

Você ainda quer ser escravo de uma “mentira”, ou ser liberto em uma “verdade”?