Por Hatus Wallison Nogueira Fernandes
Na antiguidade, por volta de 6.000 mil anos atrás, os Sumerianos elaboraram e criaram a escrita cuneiforme. Dessa forma, o ser humano começou a registrar os fatos, para que em momento oportuno, pudesse invoca - lós com determinada finalidade.
Com base nessa premissa, os indivíduos poderiam resgatar informações e situações, para que, diante algum fato controverso, os mesmos conseguissem esclarecer uma aparente situação esdrúxula. Citamos como exemplo, a imposição de uma determinada Lei, a qual determina que a população pratique homicídio contra qualquer estrangeiro, no entanto, passado a sua vigência, após uma pesquisa bibliográfica, descobre - se que a mesma fora imposta em uma situação de guerra.
Desta feita, com o passar dos anos a sociedade evoluiu para um patamar científico, utilizando método e objeto, para que de forma contundente e prudente, pudesse afirmar e conceituar os fatos ocorridos e não ocorridos.
Atualmente, a civilização humana, via de regra, desde criança, é inserida no sistema de ensino, o qual utiliza os métodos, via de regra, adequados, para desenvolver o raciocino da pessoa.
Contudo, a maioria, a esmagadora das pessoas quando deixada refém de paixões e sentimentos, coloca a lógica de lado, e passa a concluir alguns fatos, com base em desejos e convicções pessoais.
Para exemplificar como isso poderia ocorrer na vida concreta, vamos contar uma estorinha fictícia para elucidar o entendimento.
Veja - se.
"À quase 3.500 anos atrás, foi elaborado um livro chamado de Genísios, o qual fazia parte de um acervo literário por nome de Bília. Neste livro relata uma história de um Arquiteto Divino do 'Bem', o qual criou um planeta chamado Tebba. Neste planeta a Divindade criou vários animais, dentre eles, um casal de animal hubano para que dominasse todos os outros animais. O nome desse casal era Adam e Erva. Após criar este casal, a Divindade determinou que eles frutificassem e multiplicassem a Tebba em um lugar chamado de 'paraíso'. No entanto, eles poderiam fazer qualquer coisa, apenas não podiam comer da árvore que dava 'jaca'. Passado algum tempo, a Erva comeu da 'jaca', descobrindo assim, o 'Mal'. O 'Mal', por sua vez, era uma energia negativa, que para existir necessitava de servos ao seu serviço, posto que, ao contrário do Arquiteto Divino que não precisava de alimento ou servo para subsistir, necessitava ferozmente de escravos para existir. Assim, Erva possuída por esta energia negativa, levou o fruto para Adam, que imediatamente o comeu, descobrindo também, o 'Mal'. Em seguida, por consequência do ocorrido pecaminoso, a Divindade expulsou o casal do paraíso.
Depois que o casal foi expulso do paraíso, o casal frutificou e multiplicou a Tebba com filhos, posto que, não tiveram filhos no paraíso. Todavia, Adam e Erva esqueceram - se de uma regra fundamental, qual seja, que a autorização para ter filhos era somente estando no paraíso. Dessa maneira, como Adam e Erva cometeram e adquiriram o 'Mal', acabaram passando para os seus filhos também, toda a maldade pecaminosa.
Com o passar dos tempos a Tebba ficou povoada com a descendência de Adam e Erva, virando assim, uma verdadeira balbúrdia. Assim, a própria Divindade se fez um ser hubano, e tentou, acima de tudo, pelo exemplo, dizer como o ser hubano poderia retornar ao paraíso. Porém, mesmo mostrando simplificadamente 'tintin por tintin' como deveria fazer, apenas pouquíssimos, absolutamente pouquíssimos seres hubanos entenderam a mensagem. E qual seria a mensagem? Seria que o ser hubano deveria voltar sozinho, ou seja, da mesma forma que ele entrou só no pecado, ele também deveria voltar apenas consigo mesmo para o paraíso, e caso não volte, não fomente mais pecado. Porém, o ser hubano além de não entender a mensagem da Divindade hubana, continuou se multiplicando na face da Tebba, como se fosse uma praga que invade uma plantação. Melhor dizendo, o ser hubano além de não querer tentar retornar para o paraíso, ainda alimenta cada vez mais o 'Mal', através de alimento, que no caso, são seres hubanos. E para agravar mais ainda o abismo da insanidade, o ser hubano, inacreditavelmente justifica a ideia da procriação, invocando a premissa de que o próprio Arquiteto Divino tinha determinado a multiplicação. Entretanto, o ser hubano se esqueceu, talvez inconscientemente, conscientemente, convenientemente, inocentemente ou maldosamente, de que o livro por nome de Genísius, do acervo literário Bília, em seu primeiro capítulo, deixa claro como água límpida de rocha, que a multiplicação fora determinada em um outro contexto, qual seja, o ser hubano vivia em um paraíso, onde era perfeitamente entendível a propagação de seres hubanos, os quais estavam cheios do Bem. Fim"
Você percebeu nessa estória totalmente fantasiosa e concretamente utópica, que por vezes, o individuo deixa de lado a análise cientifica, lógica, e acima de tudo, contextual, para justificar devaneios ao seu favor.
É importante salientar que, de fato, quando a falta de cuidado técnico é justificada pela a maioria das pessoas, inclusive por indivíduos do mais alto gabarito de conhecimento, é praticamente improvável, que haja uma mudança no paradigma posto, pelo menos a curto e médio prazo.
Por outro lado, e apenas para refletir, se pegarmos a estorinha acima exposta como exemplo, poderíamos chegar ao seguinte entendimento comparativo: "O 'Arquiteto Divino' seria um pai de um jovem viciado em drogas. Esse Pai não gosta e nem quer vê o traficante de drogas. O 'Mal' é o traficante. O jovem somos nós, que além de não conseguir sair do vício, ainda chama mais pessoas para consumir drogas, para o deleite do traficante."
Ademais, como explicitado na estorinha imaginosa acima descrita, o 'Arquiteto Divino' existe sem servos, assim, o pai existe sem seu filho, de outro modo, o traficante não subsiste sem um viciado. Dessa maneira, o traficante vai fazer de tudo para não perder viciados, como também, e ao mesmo tempo, vai utilizar todos os meios para aliciar mais dependentes. Posto que, a sua existência é totalmente prisioneira disto.
Por fim, caro leitor, é imperioso destacar que não temos a intenção de induzir ou instigar ninguém, absolutamente ninguém a concluir o óbvio, mas sim, temos apenas a vontade de que as pessoas possam fazer uma reflexão, para que assim, possam chegar há uma solução coerente, nas situações do dia a dia, em que há uma aparente, monstruosa, irrefutável, inquestionável, inatacável e axiomática contradição.
Todavia, e se a estorinha acima descrita, a qual é totalmente inventiva, imaginosa, quimérica e absurda estiver ocorrendo.
Aí perguntasse.
Você quer ser um "ligado viciado" ou ser um"viciado em estar ligado"?
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