O vereador José Carlos Soares Barros (PTB), líder do Governo na Câmara Municipal, observou ontem, ao utilizar a tribuna “Freitas Filho”, que a CPI da Caema “está mais para palanque eleitoral do que para apurar os fatos sobre a falta de abastecimento de água no município de Imperatriz”.
Ele questionou a ‘agenda de trabalho’ que realizou nessa quarta-feira (6) e continua hoje, quinta-feira (7), visita aos bairros de Imperatriz. “O que essa CPI visitará nos bairros? Quem, nestes bairros, tem alguma informação da Caema para dar aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito? O povo somente reclamará do problema, pois entendo que a CPI deve se dirigir aos diretores da Caema”, asseverou.
Zé Carlos, como é mais conhecido, também questionou: será que lá nas vilas Davi II e Cafeteira alguém irá informá-los sobre falta de investimentos em perfuração de novos poços, construção de reservatórios e expansão da rede? “Vou oficializar nesta quinta-feira (7) o pedido de arquivamento dessa CPI”, disparou.
Ele voltou a argumentar que a CPI da Caema é inconstitucional; começou a gerar despesas ao poder legislativo e não chegará a lugar nenhum. “É ilegal essa CPI, esperamos que os colegas compreendam e assinem o pedido de arquivamento da CPI”, frisou.
O presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, Hamilton Miranda de Andrade (PSD), comentou ontem pela primeira vez sobre os trabalhos da CPI da Caema. Ele reclamou que a ‘agenda de visitas’, realizada no horário das sessões ordinárias (manhã), provoca o esvaziamento do plenário. “Temos que ter responsabilidade com essa Casa de Leis, pois esse trabalho pode ser realizado antes ou após a sessão”, completou.
Em aparte, o vereador Antônio Fernandes de Oliveira (DEM), o Antônio José, admitiu que, caso seja inconstitucional a criação da CPI da Caema, irá retirar sua assinatura do documento. “Nós entendemos que é importante a presença de todos em plenário, mas acabam se retirando não apenas os cinco vereadores da CPI, mas outros colegas que nada têm a ver com essa Comissão”, reclama.
Hamilton Miranda classifica esse roteiro de visitas aos bairros como “um verdadeiro palanque eleitoral, pois sabem que irão perder no voto”. “Vamos trabalhar com responsabilidade, pois quando se assume um cargo precisa saber o que você quer, e objeto da investigação, coisa que não estou vendo essa CPI fazendo, mas simplesmente fazendo palanque, coisa que a cidade de Imperatriz está cheia”, ressalta.
O presidente do Poder Legislativo reitera que “a comunidade imperatrizense deseja é obras, prestação de serviços e a solução dos problemas, pois gostaria que os membros dessa CPI estivessem em plenário”. (Da Assessoria/Câmara)
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