Coordenadora da Vigilância em Saúde, Wyderlânya Aguiar

Diferente do mesmo período do ano passado, o número de casos de dengue em Imperatriz neste mês de janeiro é bem menor. A informação é da Coordenação em Saúde do município.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Wyderlânya Aguiar, informou que no mesmo período em 2011 já haviam sido notificados 66 casos de dengue na cidade, contra 04 casos deste ano.
Apesar do baixo número de registros, até agora, a coordenadora disse à reportagem que a Secretaria de Saúde, por intermédio da secretária Conceição Madeira, determinou que todas as ações fossem intensificadas no sentido de evitar uma epidemia do mosquito. Ao todo são 206 agentes atuando no município na luta contra as endemias, principalmente contra a dengue.
A área central da cidade, os bairros Bacuri, Mercadinho e Parque Anhanguera são os locais onde há o maior número de focos de mosquitos, por isso nesses lugares se concentra o maior número de agentes. Esse fenômeno também foi verificado nos anos anteriores, o que significa que falta um maior engajamento da população.
No ano passado, cerca de cem homens do Exército uniram-se aos agentes de saúde de Imperatriz no combate ao mosquito, o que se espera que também aconteça em 2012. “Foi muito importante o trabalho do Exército. Os soldados nos ajudaram bastante e agora em 2012 vamos novamente buscar essa parceria”, informou Wyderlânya Aguiar.
A coordenadora destacou ainda a importância da participação da comunidade no combate ao mosquito e disse que essa luta não é só do poder público, mas sim de todos os moradores para evitar a doença. De acordo com ela, é imprescindível que a população se envolva. “Para que os resultados avancem é imprescindível o apoio da comunidade no que diz respeito ao armazenamento correto de água nas residências, assim como o descarte de lixo e acúmulo de água limpa e parada”, argumentou.
A secretária de Saúde, Conceição Madeira, determinou também que as ações de fiscalização junto aos cemitérios, borracharias, ferro velhos e lixões fossem intensificadas.
Ontem, a coordenadora da Vigilância confirmou que as visitas, que antes eram quinzenais, passaram a ser realizadas semanalmente. “Sabemos que todo esse trabalho não depende só do agente que está em campo, sua participação nesse processo é muito importante”, disse Wyderlânya Aguiar. A coordenadora ressaltou ainda que o Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto.
Wyderlânya alertou ainda com relação à duração do ciclo de vida do mosquito, que segundo ela, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Ela disse ainda que diversos fatores influem na duração desse período, entre eles a temperatura e a oferta de alimentos.

Borrifação
As ações de borrifação espacial (fumacê) destinadas a combater o mosquito da dengue, que estão sendo realizadas em áreas da cidade com maior incidência da doença, percorrerão todos os bairros sempre às 17h, de acordo a programação divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus). O fumacê passará a fazer visita diárias ao centro comercial de Imperatriz, onde continua tendo o maior registro de foco do mosquito.
A secretária municipal de Saúde, Conceição Madeira, explica que, além da borrifação feita pelos carros, o serviço de fumacê conta com o suporte dos agentes de endemias que fazem as visitas a pé e alcançam locais de difícil acesso, como becos e vilas.
A secretária frisou que o fumacê percorre os bairros, fazendo a cobertura de trechos previamente identificados pela Vigilância Epidemiológica como de maior incidência da dengue. “Na programação que estamos desenvolvendo, a maior parte das áreas já está recebendo o terceiro ciclo de borrifação, mas esta semana também foram incluídas novas áreas, por exemplo, em bairros como a Vila Lobão, Redenção, Cafeteira, Bacuri, Vila Nova, Santa Rita e outros”, disse Conceição Madeira.
O fumacê é realizado sempre no finalzinho da tarde (geralmente entre as 17h e 18h30), porque estes são os horários de maior atividade do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O trabalho de borrifação não pode ser feito durante a chuva, por isso, observa a coordenadora da Vigilância, a execução do cronograma que vem sendo divulgado pela SEMUS depende das condições do clima.
Wyderlannya voltou a recomendar à população que reforce as medidas diárias de prevenção à dengue, monitorando, principalmente no ambiente doméstico, todas aquelas situações que possam contribuir para a proliferação do mosquito causador da doença, sobretudo o acúmulo de lixo e de água parada. (Comunicação)