Carlos Hermes diz que município permanece inflexível e vereadores hipotecam apoio à luta dos professores

Em apoio ao movimento grevista deflagrado no começo do mês pelos professores da rede municipal, o vereador Carlos Hermes (PCdoB) utilizou nessa quarta-feira (28) a tribuna para reforçar a luta pelo reajuste salarial e melhores condições de trabalho da categoria, em Imperatriz. 

“Nós (Carlos Hermes, Rildo Amaral e Marco Aurélio) estivemos na manhã de hoje (ontem) com os professores e os diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Imperatriz (Steei), ocasião em que declaramos total apoio ao movimento grevista”, disse ele, que sustenta “a inflexibilidade do poder municipal como responsável pela continuação da greve, embora tenham sido realizadas duas reuniões para discutir o reajuste salarial”.
Hermes assinala que o município persiste em conceder zero por cento de aumento aos profissionais da educação de Imperatriz. “Não existe acordo com zero por cento, ou seja, com essa proposta o governo está dizendo que não quer acordo, aceitando a greve”, assevera ele, que lamentou a ausência de proposta do município, ao contrário da cidade de São Luís que ofereceu 8,32% de reajuste aos professores da capital do Maranhão. “Lá, os profissionais da educação rejeitaram a oferta e decidiram manter a greve”, cita.
O parlamentar também comparou a proposta de 8% concedida por Gleide Santos, de Açailândia, considerada a pior prefeita da região Tocantina, segundo o vereador Carlos Hermes. “Qual é a justificativa da Prefeitura de Imperatriz propor zero por cento aos trabalhadores da educação?”, questiona.
Ele analisou ainda o debate sobre a transmutação de regime laboral dos servidores municipais de Imperatriz, onde a maioria é atualmente regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 1943. Hermes assinala que a CLT e o regime celetistas não são os únicos, pois existem bases na educação do município que têm parâmetros no Estatuto. “O município está querendo criar uma lei, onde hoje a prefeitura propõe que o Sindicato dos Professores elabore essa legislação, sendo que a educação foi à única categoria que apresentou a proposta de elaboração do estatuto”, disse. 
O vereador Marco Aurélio, que também é professor, reforçou o incondicional o apoio à classe que mantém o movimento grevista em Imperatriz. “Nós reforçamos a nossa postura, independentemente de qualquer posicionamento político, pois é uma causa de vida”, disse ele, que vê dificuldades nas negociações e de “abrir” a folha de pagamento dos servidores para que o Steei possa avaliá-la, deixando a categoria cada vez mais indignada com o Poder Executivo.
Ele considera legítima a luta dos professores e avalia que a proposta de zero por cento representa a desvalorização salarial dos profissionais e perdas salariais acumuladas pela inflação. “Nós compreendemos que se não a necessidade de pagar, deveriam ter revisto dos custos para reduzi-los e garantir o reajuste salarial dos professores”, finalizou. [Da Assessoria]