Vereador-presidente Hamilton Miranda fala aos professores em greve: “Não aceitamos reajuste zero”

A vereadora Maria de Fátima Avelino (PMDB) justificou que a Mesa Diretora formada por ela, pelos vereadores Hamilton Miranda (PSD), Esmerahdson de Pinho (PSDB), Richard Wagner de Mercedes (DEM), Antonio Silva Pimentel (DEM), tomou a decisão de pedir o aumento de 5 % para provocar uma negociação, e todos os vereadores subscreveram.

“Tenho conversando com algumas crianças, vejo a ansiedade delas em voltarem pras salas de aula. E vocês professores, não merecem um reajuste de zero por cento”, enfatizou.
Ao usar a palavra o vereador João Francisco Silva (PRB) enalteceu a atitude dos colegas, discordando apenas do percentual do reajuste.
“Essa Câmara já praticou vários atos, mas este de hoje é o mais nobre. Só discordo do percentual. Temos que começar com 12%. Sugiro a emenda na indicação, ao invés de 5%, um aumento de 12% pra se negociar com o prefeito. E que não fique só com os professores, tem a saúde, a assistência social, todos os servidores do município estão nesse sofrimento, ganhando pouco e sem acréscimo”.
O vereador Francisco Rodrigues da Costa, Chiquim da Diferro (PR) ressaltou: “É importante que o governo sente com os professores. Nós estamos na verdade solicitando. Gostaria que fosse colocado na emenda para que fosse feito um calendário até o ultimo dia do mandato do prefeito Madeira, para que não tivesse mais greves no ano que vem”.
Também em relação à discussão, a vereadora Terezinha Oliveira Santos (PSDB) afirmou saber o que os professores passam em sala de aula e o tamanho das suas lutas diárias: “Se dependesse só de mim vocês teriam um aumento de 20% de reajuste salarial”. 
O vereador Antonio José de Oliveira (DEM) declarou apoiar um reajuste entre 6 e 8%. “Acho que a casa demorou a se manifestar. 6% é muito pouco. Vamos batalhar para que se chegue pelo menos a 8%”.
A sugestão de reajuste de 12% foi aceita pelo vereador Weudson Feitosa dos Santos (PT do B). “Espero que com essa proposta se possa chegar a um acordo, porque assim como os alunos estão preocupados, acredito que os professores queiram também voltar às salas de aula. 
O vereador Carlos Hermes Ferreira (PC do B) afirmou que a indicação dos colegas de 5% cento fica extremamente abaixo do que a categoria espera e abaixo daquilo que a Legislação Federal estabelece que trata da lei do piso nacional. 
“Diante dos impasses, das dificuldades, apresentadas aqui eu proponho que o município faça uma proposta bem melhor do que essa. Que ultrapasse dos 8 a 10%, para que a categoria retorne de maneira satisfatória pra sala de aula. Qualquer debate propondo acordo é importante nesse momento. Sair do zero já é um avanço”
Steei - A votação foi aprovada por unanimidade, sugerindo ao executivo um reajuste de 12% para os professores, que comemoraram com aplausos entusiasmados. Em seguida o vereador-presidente Hamilton Miranda convidou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino em Imperatriz (Steei) Wilas de Moraes Nascimento, para usar a tribuna.
“Estamos em greve há 36 dias. Pedimos um reajuste de 13%, unificação do vale ticket, reformulação do plano de carreira, melhorias nas condições de trabalho. O prefeito disse não, não para os trabalhadores da educação. Isso é inaceitável. Nunca na estória desse município, nem nos municípios vizinhos aconteceu uma postura dessas de um trabalhador ficar sem reposição salarial”, desabafou Nascimento.
Ainda segundo o presidente do Steei, os professores procuraram o apoio da Câmara para que fossem ouvidos pelo prefeito e parabenizou os vereadores pela atitude.
“Protocolamos então junto ao presidente Hamilton Miranda, uma postura da Câmara, que tem o poder de fiscalizar e exigir o cumprimento da lei. Nossa data base venceu em março, é lei e precisa ser cumprida. Parabenizamos pela posição da casa em provocar o executivo com a proposta inicial de 5% e ainda pela alteração de 12% do vereador João Silva”.
 O presidente do sindicato informou ainda que o município de Imperatriz gerou só de recursos próprios para serem aplicados na educação 89 milhões de reais: “Recebemos o ofício do prefeito onde ele garantia abrir as despesas da secretaria de educação, mas nos enrolou em quatro reuniões e não abriu. Só queremos que o prefeito diga o que fez com 106 milhões de reais, recursos exclusivos destinados à educação. Ele não diz, nem abriu as despesas, nós provocamos ele: abra as despesas, nos mostre que nós encerramos a greve, e isso ele não fez”, finalizou. (Mari Marconccine - Assessoria)