O vereador-presidente José Carlos Soares Barros (PTB) abriu a sessão ordinária dessa terça-feira (3) comunicando a realização do I Encontro Regional de Segurança Pública do Estado, promovido pelo Ministério Público Estadual.
"Foi solicitado um espaço dentro da nossa sessão e por se tratar de um tema de grande importância e relevância para a nossa cidade, concedemos o espaço total da sessão, deixando as deliberações desta casa para a sessão de amanhã".
O encontro faz parte do programa Controle e Fiscalização do Sistema de Segurança Pública do Estado e tem o objetivo de exigir o cumprimento do direito a segurança pública, por meio da apuração dos crimes e combate à criminalidade, em especial o combate às drogas e controle externo das atividades policiais.
Ao usar a palavra, o vereador Fidelis Uchoa (PRB) falou sobre a importância da união de forças dos poderes executivo, legislativo e judiciário no combate à criminalidade, citando a necessidade de um local adequado para quem usa drogas. "É preciso ter um local de ressocialização, senão vamos ficar só nesse discurso e os crimes acontecendo em Imperatriz e na capital".
Segundo a vereadora Maria de Fátima Avelino (PMDB), as discussões devem ser compartilhadas para que os resultados sejam positivos para a sociedade. Ela ressaltou a importância das propostas e parabenizou a iniciativa do Ministério Público.
"Tenho visto que às vezes a polícia prende e solta imediatamente. Temos grandes propostas feitas aqui e desejo que dessa audiência saiam ações de compromisso e resultado para a sociedade".
O vereador Rildo de Oliveira Amaral (SDD) criticou a atuação dos programas da cidade conhecidos como POPs e CAPS, mantidos pela prefeitura.
"Não conheço uma única pessoal que se recuperou das drogas no POPs ou no Caps. São instituições falidas. O viciado passa a semana no POPs, depois sai e vai cheirar cocaína. No CAPS o cara passa o dia dormindo com as drogas que dão pra ele. A própria ONU não reconhece isso como tratamento, reconhece as casas terapêuticas. Combate-se droga é com a polícia apertando traficante".
Durante seu pronunciamento, Carlos Hermes Ferreira da Cruz (PCdoB) enfatizou que a falta de políticas públicas para a juventude expõe os jovens a situações de vulnerabilidade social. "O jovem que está sem esporte, sem emprego, sem lazer, sem perspectiva nos bairros da cidade é o que está mais vulnerável às diversas formas de violência".
Já o vereador Adonilson Lima (PCdoB) enfatizou que as questões que envolvem a segurança pública e a violência vão além da discussão do sistema das drogas.
"Falar de segurança pública não é apenas falar da questão do drogado e do traficante, mas é uma discussão que passa por variados crimes, desde aqueles que não são combatidos, como os crimes do colarinho branco, da evasão fiscal, e os crimes de pistolagem, que na nossa cidade não é exceção, é regra".
O encontro, que reuniu representantes do Ministério Público, do poder executivo, do poder legislativo, do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar, discutiu ainda a criação do Observatório da Violência, com os objetivos de acompanhar os índices da violência, combatendo suas causas, sempre com envolvimento e participação de diversos segmentos da sociedade. (Mari Marconccine/Assessoria)
Comentários