Vereadores constatam início da construção de um muro na rua Tupinambá, no Jardim Oriental

Uma comissão de vereadores liderada pelo presidente Hamilton Miranda de Andrade (PSD) se deslocou ontem pela manhã, logo após a sessão ordinária, no sentido de apurar uma denúncia de que moradores estariam construindo um muro na rua Tupinambá, no bairro Jardim Oriental, em Imperatriz.
“Nós verificamos que a comunidade estava tentando construir um muro para fazer um condomínio fechado, situação que avaliamos como errada, pois essa via consta no cronograma de obras para ser pavimentada pela Prefeitura de Imperatriz, em parceria com o Governo do Estado”, disse.
Miranda elogiou a iniciativa dos moradores que executam com recursos próprios o bloqueteamento, a construção de meio-fios e o saneamento de um pequeno trecho da rua Tupinambá, no Jardim Oriental. Contudo, questionou que uma via pública não pode ser fechada para ser transformada em condomínio.
“Nós verificamos ainda que a prefeitura concedeu um alvará autorizando a construção da obra (muro), fato que consideramos um equívoco, situação que deverá ser explicada pelo secretário de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma)”, cobrou.
Hamilton Miranda informou ainda à reportagem que o empresário Denílson Policarpo, um dos proprietários do imóvel da rua Tupinambá, concordou em desistir da ideia de construir o muro na via pública. “A concessão desse alvará foi um verdadeiro crime contra o povo de Imperatriz”, disparou.
O vereador Joel Gomes Costa (PMN), líder do governo na Câmara, observou que “os moradores estão dentro do direito, pois receberam uma autorização do município para a execução das obras que deveriam ser feitas pelo poder público”. “Eles não são obrigados a saber que em uma rua dessa, sem fim, não poderia ser dada uma liberação para construir uma guarita, fato que visa dar uma maior segurança aos moradores dessa área”, comentou.
Joel Costa também parabenizou a iniciativa dos moradores que “estão executando obras que são obrigações do poder público de Imperatriz”. “A comunidade está pavimentando (bloquetes) e drenando essa via, inclusive com sarjeta e meio-fio”, disse ele, ao observar que “cometeram um erro por falta de conhecimento e de autorização equivocada concedida pelo município.“Esses moradores não fariam isso se não fossem autorizados pela prefeitura”, resumiu.
Em entrevista, o vereador Edmilson Sanches ressaltou que “a Câmara Municipal encontrou um problema que se reveste de características de legalidade que, talvez, não pudesse haver na rua Tupinambá”.
“Desde a década de 1970, os proprietários têm essa área no Jardim Oriental, pois aqui é um encontro de três loteamentos: Jardim São Luís, Oriental e o Lopes, onde alguns moradores pediram para que fosse feita uma espécie de beco para que pudessem passar para outras vias ali próximo, evitando enfrentar o matagal”, contou.
Sanches explica que “hoje esse beco está sendo reivindicado para se transformar na continuidade da rua Tupinambá, onde os proprietários foram à prefeitura e apresentaram documentos que o município autorizou a execução dos serviços de infraestrutura”. “Nós viemos aqui para ouvir, conhecer o problema e avaliar a situação na rua Tupinambá”, disse.
Vereadores - Os vereadores que estiveram verificando a situação da rua Tupinambá, no Jardim Oriental, foram Joel Gomes Costa (PMN); José Carneiro Santos (PSDB), o Buzuca; Rildo de Oliveira Amaral (PDT); Francisco das Chagas Alves de Brito (PSD), o Chagão; Edmilson Sanches (PCdoB); Amauri Alberto Pereira de Sousa (PP), o Alberto Sousa; Francisco Rodrigues da Costa (PR); o Chiquim da Diferro, e Luís Gonçalves da Silva (PDT), o pastor Luís Gonçalves. (Colaborou Claudir Porcínio)