O vereador Francisco Rodrigues da Costa (PR) encaminhou solicitação ao presidente da Casa, Hamilton Miranda (PSD), para impetração de mandado de segurança contra a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), durante a sessão dessa terça-feira (02). O documento exige a suspensão da cobrança das taxas de esgoto e das contas enviadas aos consumidores de Imperatriz que se encontram inadequadas.
O vereador justificou sua solicitação por não entender como o povo ainda carrega lata d’água na cabeça tendo um rio tão grande na cidade e ainda para provocar o poder público a tomar uma decisão.
“A Caema tem que respeitar o povo de Imperatriz. É importante nós vereadores lutarmos por essa causa, já que o dinheiro arrecadado não é investido aqui, vai todo para São Luís”.
O tema vem sendo discutido já há alguns dias em plenário e a solicitação foi votada e aprovada por unanimidade.
O vereador Carlos Hermes Ferreira da Cruz (PCdoB) se declarou satisfeito com o levantamento do tema e com a reavaliação da Casa frente aos desmandos da Caema. “Todos reafirmam a ideia de que nós temos que fazer alguma coisa. Já estamos com a CPI popular da Caema em curso. Já foi feita a primeira reunião. No próximo dia 4, será feita outra reunião, mais ampliada com participação do Ministério Público e Defensoria Pública. Esse é um momento de mobilização e estão todos convidados a participar. Vamos fazer uma ação coletiva, com o apoio da sociedade civil organizada”.
Cancelamento do
contrato da Caema
Rildo de Oliveira Amaral (SDD) reforçou o pedido da indicação sobre o mandado de segurança informando que tem visto de perto a situação dos moradores de alguns bairros da cidade, como Santa Lúcia, Vilinha, Airton Sena, Parque Alvorada e muitos outros, mas, além disso, pede que o prefeito cancele o contrato com a empresa.
“Fico me perguntando: quando terão coragem de romper esse contrato com a Caema? A Vila Fiquene, por exemplo, se encontra, em alguns pontos, há 45 dias sem água. Onde é que fica a nossa vergonha de representar um município que passa o rio Tocantins no seu quintal? E cavar poço não vai resolver o problema”.
Amaral afirmou indignado que o problema não é a falta de água, mas de investimentos. E falou ainda que “mais absurdo do que se cobrar taxas indevidamente para um tratamento de esgoto que não existe, é esse esgoto ser jogado nas águas do rio Tocantins”.
O vereador pediu que seja enviado ofício ao prefeito Madeira solicitando o rompimento do contrato com a empresa.
“A cidade não aguenta mais. O prefeito Madeira tem que ter coragem pra que se rompa esse contrato. A Caema tem ainda 24 anos pra fazer o povo sofrer. Tenho vergonha de andar nos bairros da cidade e pensarem que sou omisso com toda essa palhaçada que a Caema faz em Imperatriz”.
Tribuna Popular – Na sessão do último dia 19 de agosto, a Tribuna Popular da casa foi usada pelo Sindicato dos Urbanitários do Estado do Maranhão. Na ocasião, foram denunciadas as taxas abusivas praticadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e o esgoto lançado sem tratamento pela empresa no rio Tocantins, incidindo em crime ambiental. (Mari Marconccine / Assessoria)
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