Na sessão dessa quinta-feira (9), a vereadora Fátima Avelino denunciou a funerária Perpétuo Socorro, que detém o direito de fornecer urnas funerárias para a Prefeitura de Imperatriz. Através de uma licitação, a funerária Perpétuo Socorro é a credenciada pelo município.

Segundo a vereadora, a funerária cobra acima de R$ 800,00 para os familiares do morto. Esta cobrança corresponde a flores, roupa, e ao tratamento do corpo, chamado de tanatopraxia. A vereadora Fátima disse que, se os familiares pagarem a urna funerária (caixão) em outro estabelecimento do ramo, ficaria mais barato que os doados pela prefeitura. Esta denúncia foi alvo do manifesto por parte de vários vereadores presentes no plenário, que foram unânimes em dizer que o governo municipal tem que tomar as devidas providências e até mesmo romper o contrato.
A vereadora Fátima Avelino denunciou ainda que, na falta do pagamento do valor cobrado, a certidão de óbito fica retida pela funerária.
Diante da gravidade do problema, a nossa reportagem procurou a Funerária Perpétuo Socorro para que os fatos fossem esclarecidos. A advogada Rita de Cassia Gama Caron, gerente da funerária, respondeu aos nossos questionamentos em relação às graves denúncias. Segundo Rita de Cassia, o valor cobrado varia de R$ 400,00 até mais de dois mil reais, dependendo da situação do corpo. Ela explica que tem corpo que sofre mutilação, outros que têm morte violenta, isso depende de como o corpo está.
Dra. Rita de Cassia informou que a Prefeitura de Imperatriz, no ano de 2013, só fornecia a urna funerária (caixão), mas no início do ano de 2014 passou a fornecer as roupas para os que precisam desse serviço, e que a funerária cobra as flores e o tratamento do corpo (tanatopraxia), que varia de valor, como ela explicou. No tocante à retenção da certidão de óbito, Rita de Cassia disse que é impossível a funerária fazer a retenção. Ela informou que são os familiares do falecido que vão ao cartório para registrar o óbito e receber a certidão e que a funerária só recebe a chamada folha amarela para efetuar o sepultamento.
Segundo os técnicos que fazem o tratamento dos corpos, é obrigatório por lei federal. Os corpos não podem ficar mais que 12 horas sem o devido tratamento. É uma exigência da Anvisa - Agência de Vigilância Sanitária, e que os produtos usados não são mais os que usavam anteriormente, conhecido como formol. (Por André Gomes - Colaborador)