Domingos Cezar

A vereadora Edneuza Caetana Frazão (PSDB) ao utilizar a tribuna “Freitas Filho” da Câmara Municipal de Imperatriz, denunciou os recentes casos de violência contra a mulher, os quais, segundo ela, estão tomando grandes proporções e avançam sobre os mais diversos níveis da sociedade.
Professora Caetana, que tem uma vasta atuação no meio educacional e social observou que sua família é basicamente composta de mulheres. “Tento três filhas e três netas, o que faz aumentar ainda mais minha preocupação em relação a esse problema, que também vem preocupando as autoridades locais”.
De acordo com Edneuza Caetana, os bandidos, “porque homem que bate, estupra ou mata uma mulher é bandido”, não estão respeitando idade ou condição social. Ele lembrou o caso recente de uma senhora de mais de 50, anos de idade foi estuprada e morta dentro de sua casa, no bairro Juçara.
Para Caetana, a implantação da Lei Maria da Penha foi sem dúvida um grande avanço na luta das mulheres e órgãos que defendem seus direitos. “Infelizmente, muitas dessas mulheres que são violentadas, não registram o caso na polícia para as devidas providências e ainda há as que retiram a queixa”, informou.
A vereadora aproveitou a oportunidade para incentivar as mulheres de Imperatriz que se sentirem ameaçadas por seus companheiros, que procurem os órgãos que prestam atendimento e que protegem as mulheres nestas ocasiões. “Elas não devem se preocupar com represália, pois suas denúncias nunca se tornarão públicas”, garantiu.

Rede de Atendimento acolhe mulher em condição de risco
Esses órgãos a quem a vereadora Edneuza Caetana se refere, são vários que compõem a Rede de Atendimento Conta a Mulher, formada em Imperatriz por Defensores Públicos, Delegacia da Mulher, Vara da Mulher, Centro de Referência, Programa Saúde da Mulher, Movimento Feminista, Conselho Municipal da Mulher e Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres - SMPM.
De acordo com a secretária municipal de Políticas Públicas para Mulheres, Maria da Conceição Medeiros Formiga, todos esses órgãos estão unidos para defender e proteger a mulher em situação de risco. “Agora é preciso que cada uma delas que se sintam ameaçadas procurem de imediatamente qualquer um desses órgãos que ela será atendida e protegida”, afirma Conceição Formiga.
A secretária observa, ainda, que a Prefeitura de Imperatriz, por intermédio da SMPM criou a Casa abrigo Dra. Ruth Noleto, onde as mulheres ameaçadas podem conviver durante algum período. Outras recebem internações, caso sejam dependentes de drogas e desejam ser curadas.
Conceição Formiga lembra que, a partir do primeiro mandato do prefeito Sebastião Madeira as mulheres passaram a ser privilegiadas e respeitadas. Disse que há muito está lutando para que mais delegadas de polícias sejam lotadas na Delegacia Especial da Mulher. “Com o avanço dessa problemática, acreditamos que seremos atendidas nesse e em outras reivindicações”, acredita a secretária.