Domingos Cezar
O vereador Luis Gonçalves da Costa, o Pastor Luis Gonçalves (PDT), usou a tribuna da Câmara Municipal de Imperatriz, na sessão da última quarta-feira (29), servindo como porta-voz de dezenas de pais de famílias do bairro Coco Grande, que reclamam da poluição sonora provocada por uma boate e pelo som automotivo de seus frequentadores.
De acordo com o vereador, os signatários são residentes e domiciliados nas imediações da Avenida JK, no Coco Grande, e constituem uma comunidade formada de pessoas simples, pais e mães de famílias, sem qualquer influência política ou coisa que o valha, cujo poder aquisitivo de cada uma dessas pessoas mal dá para o seu sustento cotidiano.
“Todavia, senhores vereadores, essas famílias, que vivem exclusivamente de seu trabalho, aprenderam desde cedo a respeitar a todo e qualquer cidadão do mais alto graduado e ocupante do cargo mais importante na sociedade, ao menor serventuário, mesmo que seja desprovido de qualquer recurso ou influência de ordem política ou social”.
Continuando, Gonçalves observa que essas pessoas vêm sofrendo as mais desrespeitosas agressões ambientais e morais por parte de pessoas inescrupulosas que, por serem detentoras do poder e ainda terem o apoio daqueles “responsáveis” pela ordem moral, abusam dessas prerrogativas para agredir cada cidadão e cidadã.
“Refiro-me a uma boate denominada de Oficina 3, localizada no pátio da Prive, na Avenida JK, no Coco Grande, que todas as semanas, especialmente aos domingos para amanhecer a segunda-feira, reúne nesse local,inúmeros proprietários de sons automotivos e, de uma forma competitiva, ligam os aparelhos desses sons no mais alto grau que permitem os volumes”.
O vereador acrescenta que, após concluírem essa competição, ligam os respectivos aparelhos em série, abrindo evidentemente todo o volume, formando assim, um barulho ensurdecedor, não tendo hora para terminar. No dia em que encerram mais cedo, ultrapassam a barreira das três horas.
Luis Gonçalves observa ainda que, “para se ter uma ideia da gravidade desse fato que ora os signatários denunciam, a maioria de suas casas está apresentando rachaduras nas paredes e alguns forros de gesso também já estão cedendo. Isso sem contar que muitas mães de famílias têm criança de colo as quais amamentam e, ao exercerem trabalhos funcionais para ajudar na renda familiar, apresentam péssimos resultados no trabalho, deixando muitas vezes a empresa ou instituição preocupada com o seu baixo desempenho”.
A denúncia torna-se mais grave quando o edil pedetista afirma que, “não suportando mais tamanha agressão, procuraram a polícia, através do 190, e não foram atendidos”, e questiona: “É justo legalizar um ambiente que não respeita o direito dos outros, só pelo fato de serem pessoas humildes? Ou julgam esses perturbadores que o poder aquisitivo e a influência que detêm de assim fazerem, desrespeitando a própria Lei do Silêncio?”.
O vereador afirmou que os reclamantes apelaram para a Secretaria do Meio Ambiente do Município, mas sequer foram recebidos. “Convém ressaltar que até assassinato já foi registrado naquele ambiente, e a maioria das pessoas teme que suceda o mesmo com alguns dos familiares que residem naquelas imediações, pois é comum se ouvir tiros na localidade podendo alguém tornar-se vítima de alguma bala perdida”, concluiu Gonçalves.
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