O vereador professor Adonilson (PCdoB) usou a tribuna para fazer um alerta sobre o risco de um possível conflito no cumprimento de um Mandado de Reintegração de Posse em desfavor de mais de trezentas famílias que residem no Parque das Palmeiras II.
Adonilson esteve no bairro acompanhado do vereador Fidélis Uchoa (PRB) e acompanhou o drama das famílias que, além da luta pela sobrevivência, vivem a ameaça de uma decisão judicial que pode deixar sem teto os moradores que residem no local. “O procedimento é sempre o mesmo, as famílias sem apoio nenhum se organizam em casebres, conseguem sobreviver em meio a condições sub-humanas e depois por meio de títulos fraudulentos, grileiros despejam esses cidadãos”, desabafou Adonilson
Para o vereador Fidélis Uchoa (PRB), a situação exige sensibilidade e equilíbrio para evitar o pior. “Deve-se encontrar uma solução que não passe pelo despejo e desastre social de deixar famílias já fragilizadas em completo estado de abandono”, enfatizou o vereador.
Diante da gravidade da situação, o vereador Adonilson comunicou o fato ao secretário de Segurança Pública, Jeferson Portela, ao Secretário de Regularização Fundiária, Daniel Sousa, ao prefeito Sebastião Madeira(PSDB), à Comissão Estadual de Direitos Humanos e ao Governador Flávio Dino. “Comunicamos a situação as autoridades competentes para que possam intermediar uma solução pacífica que evite mais um conflito agrário, como o que ocorreu em Eldorado dos Carajás no Pará que ceifou a vida de dezenove trabalhadores rurais, onze deles maranhenses que simbolizam os milhões de conterrâneos que vão buscar oportunidades e um teto para morar em outras terras”, justificou.
A pedido do vereador, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Imperatriz, do qual Adonilson é integrante, aceitou se reunir, discutir o assunto e visitar a comunidade para conhecer a realidade das trezentas famílias ameaçadas de despejo.
O representante das famílias do Parque das Palmeiras II, Joaquim Barroso de Oliveira soube por meio de um advogado que esteve no local que o Mandado Judicial de Reintegração de Posse é favorável a uma Construtora denominada Incorpol que se declara a proprietária da área. “Estamos todos em estado de tensão sem dormir e amedrontados com a possibilidade de sermos despejados a qualquer momento”, disse Joaquim Barros.
O vereador Adonilson colocou à disposição das famílias a assessoria jurídica do gabinete e advogados sensíveis à causa para acompanhar a situação. (Mozart Magalhães / Gabinete)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15334
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