Primeiro eles usaram a Tribuna Popular. Depois do pronunciamento do representante do grupo de vendedores que ocupa a margem imperatrizense do Rio Tocantins, na Avenida Beira-Rio, nenhum dos vereadores fez qualquer comentário. Restou aos trabalhadores saírem pelos corredores da Câmara após a sessão e visitarem alguns gabinetes.
Durante uma conversa com o líder do governo Madeira na ‘Casa de leis’, José Carlos, o vendedores saíram confiantes em terem o impasse resolvido, ou pelo menos alguma proposta que agrade a classe, ainda nos próximos dias. “Vou conversar com o prefeito Madeira e até o final da semana procuro vocês com alguma resposta”, garantiu o vereador.
No bate papo com as pessoas que comercializam lanches e bebidas no passeio público da Avenida Beira-Rio, mais precisamente em frente às lagoas, José Carlos disse reconhecer a gravidade da situação e que uma das soluções seria organizar os produtos a serem vendidos em carrinhos”, e que a cada evento de grande porte, como Carnaval, fosse liberada a venda de bebidas.
“Porém, a melhor sugestão seria vender comida”, acrescentou o vereador, citando exemplos de outros casos onde vendedores foram impedidos a comercializarem certos produtos em alguns pontos da cidade, “e passaram a vender comida e hoje não reclamam mais”, orienta ao finalizar: “O prefeito tem que arrumar uma solução para esse problema”.
Líder da luta dos vendedores da Avenida Beira-Rio, a ambulante Marlene Bento afirmou que uma das sugestões dos próprios vendedores seria a liberação para a venda de bebidas alcoólicas “pelo menos aos sábados, domingos e feriados, pois depois que começou a fiscalização feita pelas secretarias e Ministério Público estamos tomando prejuízos”.
Há pouco mais de um mês o Município de Imperatriz, atendendo ao Ministério Público, realiza o trabalho de fiscalização sobre a comercialização de bebidas alcoólicas na área das lagoas na Avenida Beira-Rio. Os vendedores foram orientados pela Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, Defesa Civil, Promotoria de Meio Ambiente, a não colocarem mesas e cadeiras no passeio público, além de não venderem bebidas.
A medida gerou insatisfação dos ambulantes, que desde então passaram a reivindicar o espaço para a venda de seus produtos. “Se a gente não pode nem colocar cadeiras, o cliente não vai nos procurar. Vai sentar aonde?”, questionou um dos vendedores na sessão de ontem, na Câmara. (Hemerson Pinto)