O vereador-presidente José Carlos Soares Barros (PV) fez um pronunciamento sobre a greve de motoristas e cobradores de ônibus urbanos, durante a sessão dessa quarta-feira (14). De acordo com José Carlos, não se mata instituições em nome do povo, mas se protege as instituições que cuidam do povo, e exemplificou: “Se você torcer para a prefeitura quebrar, são sete mil pais de família que vão passar necessidade. A prefeitura precisa ser protegida, precisa de novas medidas para que não venha a falência”.
Ele afirmou ainda que a crise no transporte público acontece em todo o país por falta de proteção e de assistência das autoridades para que as empresas possam gerar empregos e pagar em dia. “O que ocorre é que as empresas de transporte coletivo, tanto de terceiros quanto de municípios, estão falidas e quebradas, sem condições de manter o quadro de seus servidores. Essa história que vem uma empresa para o lugar da VBL é balela, não vem não. A empresa arrendou para 100 ônibus novos. O que o dono da empresa está alegando é que os ônibus estão ficando velhos e eles estão entregando. E o prefeito está se virando para achar alguém que queira receber e ainda não achou, nem vai achar”.
Segundo José Carlos, os governos devem ser chamados para dialogar e resolver o problema, e não só o prefeito, também o governador. “O governo Flávio Dino tirou 85% de votos na cidade de Imperatriz, mas lá em São Luís ele deu incentivo para as empresas de ônibus continuarem rodando. Por que não dá o mesmo incentivo para Imperatriz? O que Imperatriz tem de diferente que não recebe também? Se ele está protegendo as empresas de ônibus de São Luís, por que não protege as nossas?”.
Ainda de acordo com José Carlos, os governantes devem ter o compromisso de proteger o seu povo. “Nós, quando elegemos nossos governantes, segundo a lei, estamos elegendo nossos pais e nossas mães para cuidar de nós. E é assim que deve ser.”
Dirigindo-se aos motoristas e cobradores da galeria, o vereador-presidente disse que ônibus cheio não é sinal de lucro, mas sim de sofrimento para os usuários e que os itinerários que davam lucros para as empresas, de acordo com o índice de passageiros por quilômetro rodado, eram as linhas circulares Dorgival/Luís Domingues e Bacuri/Santa Rita, que não circulam mais, porque na rua Luís Domingues e Avenida Dorgival, a concorrência é desleal com os serviços de mototáxi e táxi-lotação. “A gente não pode ser demagogo, tem que dizer a realidade. Nós não vamos lutar aqui por VBL, nem TCI. Vamos lutar pelo transporte público de qualidade, não interessa a empresa, o que interessa é que proteja o nosso povo, através desse serviço.” (Mari Marconccine / Assessoria)
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