Raimundo Primeiro
A Câmara Municipal de Imperatriz debate, nesta quinta-feira (5), “A privatização da Eletrobras e suas consequências”. Para o evento, foram convidadas autoridades, trabalhadores e dirigentes de entidades representativas da sociedade civil organizada. O palestrante será o advogado Wellington Diniz, diretor jurídico do Stiu, no Maranhão.
A Audiência Pública começa às 8h e foi convocada pelo Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (Stiu-MA), sendo proposta a Casa de Leis pelo vereador Aurélio Gomes da Silva, o Aurélio do PT, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, dos Direitos Humanos e Gênero.
Os urbanitários vêm discutindo sobre a privatização da Eletrobras pelo Brasil a fora. No Maranhão, o assunto foi debatido na Assembleia Legislativa Estadual (Alema), em 27 de setembro, ou seja, na última quarta-feira, com presença significativa dos trabalhadores.
Tendo como mote “Somos a energia que move o Brasil”, os urbanitários destacam que a Eletrobras é a maior empresa de energia elétrica da América Latina. São 23 usinas, que produzem um terço (170,9 milhões de MWh) de energia consumida no Brasil. No ano passado, a capacidade instalada da empresa atingiu 46.856 GW. Cerca de 94% dessa energia produzida vem de fontes limpas, com baixa emissão de gases de efeito estufa.
Os urbanitários não concordam com a privatização da Eletrobras, tendo em vista a empresa também ser líder em transmissão de energia elétrica no Brasil com aproximadamente 70 mil quilômetros de linhas com tensões entre 230 e 765 KV, o que representa quase metade do total das linhas de transmissão desse tipo no país, ou cerca de 1 volta e meia ao redor do Planeta Terra. A sua capacidade de transformação é, hoje, de 239.866 MVA de potência, distribuídos em 271subestações em todas as regiões do país.
“O nosso movimento é válido, avança e ganha força nas diversas regiões brasileiras. Os maranhenses também estão em campo contra a privatização da Eletrobras”, diz Jorge Furtado, diretor regional do Sindicato dos Urbanitários (Stiu-MA), aqui em Imperatriz.
Jorge Furtado acrescenta, a propósito, que a categoria defende a soberania nacional e é contra o pacote de privatização das empresas públicas. “Por isso, reforçamos o convite para que trabalhadores e trabalhadoras, enfim, a sociedade, participem dos debates e dos assuntos em discussão na Câmara de Vereadores, na manhã desta quinta-feira”, reforça, ressaltando como de fundamental importância para o movimento, a Audiência Pública, com os vereadores, autoridades e a população de Imperatriz.
Para o sindicalista, a privatização da Eletrobras significa, por outro lado, a explosão das tarifas. Jorge Furtado lembra que “Imperatriz, considerada como a ‘Capital Brasileira da Energia’, será entregue para o capital privado”.
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