Há 50 anos um jovem e promissor político encerrava o ciclo do Vitorinismo no Maranhão. José Sarney chegava ao comando do Estado dando fim a 20 anos de domínio político liderado pelo ex- governador Vitorino de Brito Freire.
Em 2014, outro jovem e promissor político chamado Flávio Dino põe a termo os 50 anos de domínio político no Estado iniciado nos idos de 1960. Novas perspectivas, esperanças renovadas de um Maranhão mais justo para todos nós.
Um efusivo salve ao novo governador que a partir desse primeiro de janeiro torna-se o guardião da esperança de milhares de maranhenses que sonham com um Estado melhor.
Flávio torna-se o governador não só dos que votaram nele, mas de todos os maranhenses. Tem na história recente do Maranhão os elementos necessários para não repetir os mesmos erros cometidos ao longo desses 50 anos.
Flávio Dino chega ao governo do Maranhão com um discurso de renovação e com uma plêiade de compromissos que se houver condições de serem cumpridas dívidas históricas do Palácio dos Leões, notadamente com o interior do Estado começarão a ser pagas. Historicamente a costa sempre esteve de costas para o interior. Esse é um equívoco histórico que precisa ser corrigido. Não é à toa, portanto, que por conta desse abandono há quase 200 anos há o sonho latente pela divisão do Estado.
Num momento em que o mundo, o Brasil e o Maranhão sofrem com a carência de líderes, Flávio chega e assume o cargo máximo do Executivo, tendo assim a oportunidade de exercitar os talentos acumulados como filho, pai e chefe de família; estudante, professor, magistrado; deputado federal e presidente de autarquia federal. Sua família passa a ser o povo maranhense e para exercer tal liderança deverá abrir espaço para o desenvolvimento de outros talentos que devem ser cultivados por aqueles que se propõem a liderar, principalmente um Estado com carências múltiplas como o Maranhão.
A eleição de Flávio Dino para o Governo do Maranhão é um acontecimento histórico que merece ser celebrado por tudo que representa. Tão histórico como aquele ocorrido na primeira década dos anos 1960 com a queda do vitorinismo e que acabou por conduzir seu timoneiro a uma trajetória política que o levou à Presidência da República, contudo sem a “graça” de tirar o Maranhão da lista dos menores índices de desenvolvimento social/humano do País. Admita-se: era para estarmos bem melhores.
Flávio Dino, ressalte-se, pôs fim a um modelo político que pouco ou quase nada fez “pelas gentes” do Maranhão em todas essas décadas; décadas perdidas, porém de enormes lições.
O dia cinco de outubro de 2014 deve ser reverenciado como o dia em que os maranhenses disseram um sim maiúsculo àquele que corajosamente se apresentou como um instrumento de libertação do Estado e o arquiteto da construção de um novo Maranhão.
A cidade de Imperatriz sente-se honrada de ter contribuído sobremaneira para o início da construção desse novo edifício e espera uma retribuição a sua altura. O edifício a ser construído é moderno e amplo; aguarda-se, portanto, um espaço de destaque não só para Imperatriz, mas pra todas as regiões do Maranhão.
Seja bem-vindo, governador Flávio Dino! Imperatriz e a região tocantina lhe saúdam com alegria e esperança.
*Elson Mesquita de Araújo, jornalista.
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