“[...] Situação crítica. Se não houver liberação de dinheiro, mesmo terminando a greve vai haver dificuldade de continuar as aulas [..]”, afirma o diretor da Universidade Federal do Maranhão em Imperatriz, Gabriel Araújo.
Segundo a direção da instituição de ensino, que mantém dez cursos em dois campi na cidade, a única previsão é da continuidade do movimento grevista por parte dos professores e técnicos administrativos por tempo indeterminado.
“A previsão é de continuar dada a resistência do governo (federal) em não negociar e dificultar a negociação. A proposta (do governo) é mínima e o comando de greve não está aceitando”, reforça o diretor.
Além do protesto pelo reajuste salarial de professores e técnicos, outra questão vem contribuindo para o fortalecimento do movimento, que esta semana completa 90 dias: os cortes orçamentários que prejudicam os cursos da Universidade Federal do Maranhão e demais universidades federais no país.
“O governo suspendeu 50% do orçamento e tem dificuldade de repassar o 50% que restou. Isso provoca transtorno na administração de todas as faculdades do pais, não é diferente na UFMA”, declara.
Em Imperatriz, o curso de Medicina é um dos mais prejudicados com o corte de orçamento. O curso recém-implantado e com um custo alto de manutenção pode ter as atividades paralisadas por mais tempo, mesmo com o fim da greve, como o diretor afirmou no início deste texto, se não houver repasse de verbas.
Os cursos de Direito e Ciências Contábeis são os únicos da UFMA de Imperatriz que mantêm aulas parcialmente. Os demais estão paralisados, apenas mantendo as atividades organizadas pelos próprios acadêmicos, o que envolve debates, eventos culturais e atos públicos contra a medida do Governo Federal que resultou nos cortes de orçamento. Os protestos de professores e técnicos administrativos recebem apoio de estudantes e movimentos sociais. (Hemerson Pinto)
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