A cada dia se faz mais necessário incluir e integrar pessoas com deficiências na sociedade, começando por entender cada grupo e proporcionar uma educação de qualidade para estas pessoas. No caso das pessoas com deficiência auditiva, existe, desde 2002, a Lei da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que integra e regulamenta o ensino e difusão desta língua no Brasil. Pensando nisso, a professora de LIBRAS do curso de Letras, Aleilde Tavares Silva, organizou o I Simpósio Sobre Libras e Língua Portuguesa na educação de surdos, que aconteceu segunda-feira, 12, no auditório da UEMASUL.
"Estou muito feliz, pois a UEMASUL está de portas abertas para os surdos, sendo uma universidade realmente inclusiva", afirma Aleilde, e ressalta a importância desta inclusão. "Na UEMASUL tem professores surdos, e cada vez mais vejo alunos que se interessam pela LIBRAS, fazem pesquisa sobre o assunto e são instigados a aprender". Pontua ainda sobre a existência de uma proposta de implantação do curso de Letras-Libras, com vagas para surdos e ouvintes, que segundo a professora atenderá a um público que busca esta graduação fora do estado.
O evento reuniu alunos dos mais diversos cursos da universidade, além de profissionais da educação, intérpretes e membros da comunidade surda. A professora Leila Lopes, responsável pelo setor de inclusão e atenção à diversidade da Secretaria de Educação, ressaltou a importância do evento como uma "discussão importantíssima e pertinente para a comunidade acadêmica". Durante o simpósio, foram ofertadas oficinas sobre expressões não-visuais, classificadores e LIBRAS básica.
A mesa redonda abordou a temática do ensino de língua portuguesa para surdos, com a fala do prof. Esp. Hector Renan da Silveira Calixto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e do prof. Mestre Huber Kline Guedes Lobato, da Universidade Federal do Pará, que lançou o livro "Atendimento educacional especializado para alunos surdos" durante o evento. A professora da Escola Bilíngue para Surdos Prof. Telasco Pereira Filho, Solange Feitosa, destacou a importância do evento. "Esse tipo de discussão traz reflexões pertinentes sobre o ensino de língua portuguesa para surdos, e já apresenta o tema para futuros professores. Para quem já trabalha com esse público, proporciona um novo olhar, novas metodologias, além de nos fazer acreditar cada vez mais no potencial dos nossos alunos", finaliza. (Isabel Babaçu)