Hemerson Pinto
Desde a última sexta-feira, professores e estudantes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), campus de Imperatriz, realizam assembleias e debatem rumos do movimento criado após o anúncio do cancelamento de 420 contratos de professores substitutos em todo o estado do Maranhão. Só em Imperatriz, são 81 professores, dos 13 cursos de graduação.
Além de não receberem salários há cinco meses, os professores tiveram os contratos cancelados e, em todo o estado, a maioria nunca teve emitido o número de matrícula, ou seja, para o contratante, Governo do Estado do Maranhão, os professores simplesmente não existem. Assim, não podem ter acesso ao sistema nem mesmo para lançar as notas dos acadêmicos. Sem notas lançadas, os estudantes podem ter de repetir o semestre inteiro.
Domingo, um grupo de professores e estudantes da UEMA realizaram uma manifestação no horário de início da aplicação das provas do Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior (Paes) 2015 em Imperatriz. Muitos candidatos foram impedidos de entrar na UFMA, Centro, um dos locais de provas. Os manifestantes fizeram barulho e até a Polícia Militar teve de ser chamada para controlar a situação.
Na manhã de segunda-feira, outras reuniões aconteceram onde foram definidos os próximos passos para as reivindicações, como a criação de comissões jurídicas, políticas, entre outras. Na entrada da universidade, uma faixa preta anuncia a paralisação geral. Em alguns cursos, até mesmo as orientações para alunos que elaboram o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foram suspensas.
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