A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) recebeu, essa semana, o resultado positivo da apreciação da proposta do curso de doutorado em Agroecologia, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A proposta foi analisada e recomendada durante a 139ª Reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), realizada em setembro, em Brasília.
Segundo o reitor da Uema, José Augusto Oliveira, a recomendação pela Capes ao curso reflete o momento de qualificação da Uema enquanto instituição universitária. O Programa de Pós-Graduação em Agroecologia foi iniciado em 1996, com mestrado.
“O sucesso do Programa deve-se, sobremaneira, ao comprometimento e à dedicação dos professores pesquisadores e dos alunos, que não mediram esforços para o fortalecimento desse curso e para torná-lo referência junto às instituições públicas e privadas, como também, junto aos órgãos de fomento e avaliação”, afirmou o professor, que acrescentou ainda: “A Uema se regozija, em estar alcançando patamares tão elevados no processo de consolidação, como uma instituição forte e comprometida com o desenvolvimento do Maranhão e com dias melhores para todos”.
Sobre a importância do curso para o estado e região, o coordenador do Programa, Fabrício de Oliveira Reis, ressalta que “o Programa de Pós-Graduação em Agroecologia é estratégico no Maranhão, e tem disponibilizado recursos humanos para atuarem em diversos segmentos: ensino, pesquisa e extensão. Esse fato é verificado na absorção de egressos do mestrado nas Secretarias de Estado, instituições de ensino superior e órgãos públicos federais.
Apesar disso, parte desses alunos, não tem permanecido no Maranhão, pois acabam ingressando em vários cursos de doutorado em outros estados, tanto no Brasil, quanto no exterior, fixando-se por lá mesmo.
“Com a implantação, cria-se o primeiro Curso de Doutorado desta IES, que passa a ser também o primeiro da região nordeste do Brasil, com esta denominação ‘Agroecologia’, o que permitirá a migração do aluno de mestrado para o nível de doutorado do Programa, bem como a fixação desses novos cientistas em instituições do estado, que carece de recursos humanos bem qualificados. Além disso, a criação do doutorado atrairá discentes de outras regiões, como já é constatado no Mestrado em Agroecologia, que tem atualmente cinco alunos oriundos da Venezuela, Colômbia e Paraguai”, explica o professor Fabrício.
A Uema preparou uma excelente estrutura física, devidamente equipada para o funcionamento do Programa de Agroecologia. Com 612 m2, dispõe de sala de coordenação, secretaria, sala de apoio; biblioteca setorial, duas salas para os alunos, sala de reunião, quinze salas de professores, lavabos, além da infraestrutura de apoio, como almoxarifado, cozinha e banheiro social com adaptação para cadeirantes. Há, ainda, outro anexo com três salas de aula e um auditório para 60 lugares. São ao todo dez Laboratórios temáticos, que dispõem de equipamentos modernos para pesquisas especializadas.
As linhas de pesquisa, a priori, permanecerão as mesmas do Curso de Mestrado, que são: Estrutura e Funcionamento de Ecossistemas Naturais e Agroecossistemas; Sistemas de Produção Agroecológicos; Ecologia de Insetos, Fitopatógenos e Ervas Espontâneas em Agroecossistemas.
A diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Francisca Neide Costa, parabenizou os professores do mestrado em Agroecologia pela aprovação do Curso. “É um marco na Pós-Graduação da Uema. Temos a plena convicção da nossa responsabilidade de manter o mestrado e doutorado com qualidade, com o compromisso e a dedicação de todos”
O lançamento do edital está previsto para o início de janeiro de 2013, para que os novos doutorandos comecem o curso em março do mesmo ano. O edital será único no programa, no qual serão contemplados os dois níveis (mestrado e doutorado). As vagas para o doutorado serão estabelecidas nas próximas reuniões do Colegiado da Agroecologia.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14524
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