Hemerson Pinto
Não é o suficiente para contar todas as aventuras vividas por Domingos Cezar na apuração dos fatos durante 30 anos de carreira, mas o livro ‘O que vi e escrevi em 30 anos de jornalismo’ reúne comentários e recortes de jornais que tratam sobre as principais reportagens do jornalista.
“[...] Meu desejo foi fazer uma espécie de resgate da história do desenvolvimento da região sudeste do Pará, sul do Maranhão e Bico do Papagaio, no estado do Tocantins, englobando o território do garimpo de Serra Pelada, bem como registrar os conflitos que tive a oportunidade de noticiar e vivenciar”, escreveu Domingos Cezar na apresentação do livro.
Quando fala em conflitos que noticiou e vivenciou, Domingos lembra, entre tantos casos, assassinatos motivados pela grilagem de terras, alguns tendo religiosos como alvos; crimes hediondos, sem falar de chacinas, como a chacina dos garimpeiros sobre a ponte rodoferroviária do rio Tocantins, fato ocorrido em 29 de dezembro de 1987.
“Armados de revólveres, carabinas, metralhadora, bombas de gás lacrimogêneo, os policiais militares cercaram os dois lados da ponte e atiraram contra os garimpeiros. Na contagem “oficial” apenas dois mortos se encontravam no necrotério do hospital da Fundação Sesp; um de identidade desconhecida e outro identificado como o piauiense José dos Santos, de 32 anos”, trecho que relembra o crime supostamente motivado pelo descumprimento de um acordo entre as vítimas e um ex-governador do estado do Pará, com nome citado pelo jornalista.
O autor destaca que o desenvolvimento econômico de regiões inteiras dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins, acompanhado de perto no exercício da profissão, também é narrado no livro, que ainda não foi lançado oficialmente. Hoje, Domingos Cezar presta assessoria de imprensa a órgãos públicos e sindicais.
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