Livros estragados pela inundação

Hemerson Pinto

A chuva que provocou inundações entre os dias 15 e 16 de fevereiro em Imperatriz atingiu até o setor educacional. No limite entre os bairros Santa Rita e Nova Imperatriz, o Centro de Ensino Pedro Ferreira de Alencar, na Avenida JK, será desocupado. O prédio foi invadido pela água e, segundo a Defesa Civil do Município, não oferece condições de abrigar alunos, professores e servidores.
Ontem um cartaz fixado em um mural informava as escolas para onde os alunos deveriam ser remanejados: Centro Educacional Urbano Rocha (Nova Imperatriz), Raimundo Soares (Bonsucesso) e Centro Educacional Newton Barjonas Lobão (CAIC). Os pais, responsáveis, ou alunos com idades acima de 18 anos devem procurar os locais para fazerem a matrícula.
A interdição do prédio aconteceu na última sexta-feira, quando a estrutura já apresentava rachaduras. Algumas salas tiveram o teto escorado com pedaços de madeira. A estrutura existe desde a década de 1970 e não teria, desde então, recebido nenhuma reforma. Segundo a direção da escola, após todos os alunos e professores serem acolhidos em outros centros educacionais, será o momento de se pensar o que pode ser feito.
Dona Francisca não perdeu tempo e conseguiu matricular a filha, de 15 anos, no 1º ano do Ensino Médio da Escola Urbano Rocha. “Ela estudou aqui desde a 6ª série, agora teve de sair pra outra escola. É ruim, porque ficava perto de casa. Agora ficou longe e não temos como pagar transporte. Ela vai ter que ir de bicicleta”, conta a dona de casa.
A Escola Urbano Rocha deve dispor de 13 vagas divididas entre 1º e 2º ano, matutino. À tarde são 32 vagas para alunos de 1º e 3º ano. À noite são 140 vagas para o projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Na escola Raimundo Soares as vagas são pela manhã, 12 vagas para o 1º ano; e à noite, 80 vagas para o 3º ano. O CAIC tem à disposição dez vagas no turno matutino para o 1º ano, 25 para o 2º ano e mais 25 para alunos do 3º ano. À tarde são 76 vagas para 3º ano, e à noite 60 vagas para o 2º e 3º ano do Ensino Médio.
Além de defeitos na estrutura física do Centro Educacional Pedro Ferreira de Alencar, o prédio foi interditado por riscos de novos alagamentos e de incidentes com a rede elétrica, devido ao contato da fiação com a água e com as paredes úmidas.