O objetivo é intensificar o combate à hanseníase através dos agentes do município

Com a participação dos enfermeiros das 42 Unidades Básicas de Saúde de Imperatriz, o treinamento sobre hanseníase foi ministrado na última sexta-feira (12), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS). Com foco no atendimento cada mais eficaz que proporcione diagnóstico precoce e tratamento sem perda de capacidade, o encontro abordou a temática - profilaxia de contato e administração de medicamentos.

O objetivo, segundo explica o coordenador do Centro de Dermatologia Sanitária, Francisco Cutrim, é intensificar o combate à hanseníase, capacitando profissionais que atuam na Atenção Primária do Município. "A capacitação visa ampliar os conhecimentos sobre diagnóstico precoce e tratamento da hanseníase, de forma que a doença possa ser identificada e tratada em todas as Unidades Básicas de Saúde de Imperatriz, sem dificuldades", informa o coordenador.
De acordo com Francisco, essas capacitações iniciaram ainda em 2013, com realização de diversas etapas ao longo desse período, finalizando esta semana com mais esse encontro direcionado por Isabel Goulart, pesquisadora e coordenadora do Centro de Referência Nacional em Hanseníase da Universidade Federal de Uberlândia.
"O tratamento precisa estar o mais próximo possível da comunidade, e treinando os médicos e enfermeiros que estão nos postos de saúde, estaremos aptos a fazer diagnósticos o mais cedo possível e também a tratar o paciente em seu próprio bairro", disse Cutrim, ao ressaltar que dessa forma o paciente tem a comodidade de fazer o tratamento e acompanhamento na sua UBS de referência.
Para a secretária de Saúde, Conceição Madeira, "capacitar os profissionais para desenvolver uma atenção qualificada ao portador de hanseníase é de fundamental importância, visto que de acordo com o Sistema Único de Saúde - SUS, a educação continuada é um pilar importantíssimo para que o profissional se sinta seguro no sentido de prestar uma atenção qualificada para o usuário. E Imperatriz é um dos municípios brasileiros importantes no controle da hanseníase".
Vale ressaltar ainda, segundo a secretária, que o treinamento ajuda a implementar os serviços de saúde e tem como relevância aumentar o nível de conhecimento dos profissionais com relação a doença e, consequentemente, melhorar o diagnóstico, fazendo com que ele seja feito precocemente.
Conceição Madeira salienta que o maior problema da hanseníase é a falta do diagnóstico precoce, "porque dessa forma a pessoa entra tardiamente no programa, com um grau de incapacidade elevado e quanto mais cedo o diagnóstico, maior a possibilidade de se trabalhar a prevenção da incapacidade". (Maria Almeida / ASCOM)