Hemerson Pinto
Uma paradinha rápida, em fila dupla, para retirar uma caixa de mercadoria de um caminhão e deixá-la na porta de uma distribuidora pode ser o suficiente para provocar transtornos em qualquer uma das ruas do setor Mercadinho. Então, experimente passar três ou quatro minutos. Em menos tempo é possível se registrar uma fila de carros, nos quais os condutores já demonstram os primeiros sinais da impaciência.
O motorista de caminhão José Ribamar sabe muito bem sobre o assunto. Pelo menos uma vez ao mês ele vem a Imperatriz com o caminhão carregado de produtos alimentícios de uma fábrica do interior do estado de São Paulo. Quando entra na cidade, cuida em ligar para quem vai receber a mercadoria ir preparando o local para estacionar o veículo de grande porte.
“O dono do comércio, muitas vezes, já sabendo que eu vou chegar, deixa o carro dele e o de mais dois funcionários estacionados um atrás do outro. Pra isso eles precisam chegar mais cedo, mas nem sempre dá certo. Quando o plano não funciona, eu preciso dar voltas e voltas enquanto eles arrumam uma vaga. Meu caminhão é grande. Enquanto isso, vou sendo xingado na rua, pois vai ficando todo mundo atrás, sem espaço para passar de mim”, conta.
Os pontos mais críticos no trânsito do setor Mercadinho, segundo um comerciante que preferiu não se identificar, estão nas ruas Benedito Leite, trecho entre ruas Pernambuco e Piauí (quatro quarteirões); Aquiles Lisboa, entre Avenida Ceará e Rua Pernambuco (três quarteirões); Paraíba, entre ruas Monte Castelo e Luís Domingues (três quarteirões); além da Rua Rio Grande do Norte e Avenida Ceará, em trechos paralelos aos citados sobre a Rua Paraíba.
“É difícil achar um lugar pra estacionar em determinados horários. Também é difícil para trafegar por esses locais, principalmente pela Rua Aquiles Lisboa, pois os feirantes colocam suas mercadorias no chão, praticamente no meio da rua. É arriscado. Se não passar com bastante cuidado, pode atropelar um cliente deles ou passar por cima das verduras”, comenta o empresário.
Comerciante da Nova Imperatriz, seu Raimundo sempre vai ao Mercadinho comprar produtos para abastecer o comércio. “Pra mim, os carroceiros também atrapalham bastante e o pessoal que carrega mercadoria em carro de mão, seja fazendo frete ou para entregar do comércio em algum carro de cliente deles. Ficam num vai e vem que confunde tudo”, declara.
Em matéria publicada em O PROGRESSO, edição de domingo, 24, o secretário de Trânsito, José Ribamar Alves Soares, afirmou que a secretaria providencia levantamento para disciplinar o estacionamento nas vias de acesso ao setor Mercadinho, além de reforçar a fiscalização no trânsito.
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