Trânsito lento na BR-010 é motivo de reclamações

Hemerson Pinto

Não bastasse o perigo que representa trafegar no Entrocamento pelas marginais da BR-010 em Imperatriz, durante o dia, o condutor perde a paciência ainda mais nos horários de pico, principalmente entre as 17h30 e 18h. É o horário em que as duas vias recebem fluxo intenso de motocicletas, carros de passeios, caminhões, ônibus, entre outros, tentando chegar pelo viaduto ao Centro ou à região da Vila Lobão.
“Impossível! São duas ruas que vêm do Centro e levam o trânsito direto para a BR-010, digo, para dentro da área do viaduto: a João Lisboa, que quando chega na pracinha ainda se divide em duas, e a Getúlio Vargas, que tem semáforo, mas se prestar atenção direitinho, é desrespeitado, como fazem com o semáforo da BR, nesse cruzamento”, relata Antônio Carlos, motorista de ônibus.
Antônio está entre centenas de condutores que trafegam de segunda a sexta pela BR-010 no horário entre 18h e 19h. “Eu venho na BR, lá de cima. Quando chego aqui, tenho que pegar o viaduto pra chegar na Babaçulândia. Não posso. Passa moto de um lado, do outro, carro buzina atrás, ‘nego’ xinga do outro lado e eu tenho que ficar de olho na frente e nos retrovisores. Graças a Deus nunca bati, mas toda vez anda perto”, declara novamente.
Na visão do motorista, são três saídas do Centro ligadas à marginal direita (sentido Belém/Brasília), entre os dois viadutos. Assim, quem chega à marginal com intenção de subir o viaduto ou seguir sentido aeroporto, “dá de cara com quem vem da Vila Lobão descendo o viaduto ou quem vem do sentido 50º BIS. Para piorar, parte dessas pessoas quer entrar na Dorgival, que é uma saída da BR no meio da João Lisboa e Getúlio Vargas”, explica o auxiliar de cobrança Ronaldo Sales.
Os condutores também encontram dificuldades na saída do viaduto na marginal esquerda (sentido Brasília/Belém), onde se misturam veículos que descem ao viaduto a veículos que vêm pela pista lateral. Neste caso, as alternativas de tráfego são duas: entrar pela Avenida Babaçulândia ou continuar na BR, desde que não queira retornar pelo outro viaduto. Um agravante é encarar o trânsito que desce pela Dorgival Pinheiro (Vila Lobão/Centro) com destino ao viaduto. “Tem que ser é bom no volante e ter muita paciência”, comenta a vendedora Luciana dos Reis.
Na avaliação do mototaxista Gildásio Rodrigues Magalhães, “o que mais causa esse transtorno é porque o viaduto foi construído quando Imperatriz tinha quantidade menor de veículos. Hoje o fluxo é grande, a fila de carro fica perto do segundo Bradesco da Getúlio Vargas. Sem falar do mesmo transtorno que é ali nas proximidades do shopping, na BR”.