Com o aumento no número de casos das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti aumenta também a preocupação da Secretaria Municipal de Saúde, que tem trabalhado incansavelmente no combate ao vetor. Coordenados pelo setor de Vigilância em Saúde, os Agentes de Endemia, além de intensificar as visitas de vistoria e aplicação de larvicida nos imóveis, alertam constantemente a população sobre os cuidados necessários para evitar que a doença se espalhe pela cidade.

Para a secretária de Saúde, Conceição Madeira, combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é uma tarefa simples, porém complexa, porque é necessário que todos se envolvam nesta causa. "Combater o mosquito se torna fácil se todos colaborarem, chuva e calor favorecem o aparecimento do mosquito transmissor da Dengue, por isso precisamos da ajuda de todos para eliminar e evitar os focos do mosquito e não deixar que aumente o número de pessoas adoecidas", explica a secretária.
Conceição Madeira ressalta ainda que todas as áreas continuam sendo visitadas conforme preconiza o Ministério da Saúde, mas que é necessário atenção redobrada dos moradores para evitar proliferação do mosquito, visto que nesse período os riscos aumentam em 100% em função do acúmulo de água decorrente das chuvas. "Nosso trabalho é complementar, não adianta a comunidade esperar só pelo poder público, sua participação é fundamental", frisa.
Para tanto, as equipes de saúde do município mantêm um ritmo de trabalho acelerado, a fim de combater com mais eficácia o índice de infestação do mosquito. "Sabemos que o Brasil todo está em estado de alerta. Em nossa cidade os casos têm diminuído nos últimos anos, fato este que não permite o descanso dos servidores nem da comunidade. É muito importante a união de todos no combate à doença", acrescenta a coordenadora da Vigilância em saúde, Wyderlannya Aguiar.
A Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma) também participa do combate à dengue. Neste período, as equipes devem intensificar a fiscalização em terrenos baldios, ferro velhos, borracharias e oficinas de lanternagens. Estes locais costumam apresentar as melhores condições de reprodução para o mosquito.
Quanto aos locais públicos que possuem reservatórios ou qualquer outro dispositivo que esteja servindo de acúmulo de água, a secretária garante que não há motivos para preocupação por parte da comunidade, pois a secretaria tem tomado todos os cuidados em relação a pontos que podem servir de criadouro. "Todos estes pontos estão sendo monitorados. Temos equipes da Vigilância em Saúde que toda semana colocam larvicida em locais públicos que acumulam água, sobretudo em prédios abandonados. Portanto, estes não estão servindo de foco de criadouro", esclarece Conceição Madeira.
Dengue
O mosquito da dengue (Aedes Aegypti) se reproduz em qualquer lugar que houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída). Os sintomas da dengue clássica são febre alta com duração de 2 a 7 dias; dor de cabeça; dor no corpo e nas articulações; dor atrás dos olhos; manchas vermelhas pelo corpo. Quem sentir alguns destes sintomas procure imediatamente um médico em qualquer uma dessas situações abaixo: dores na barriga fortes e contínuas, vômitos persistentes, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, sede excessiva e boca seca.
Cuidados - No princípio dos sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.
Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias. (Maria Almeida / ASCOM)