Hemerson Pinto
“Só não passa um transtorno maior se você pedir pra ir no banheiro de uma loja, de uma clínica, hospital, porque quem vem ao Centro resolver algum negócio e até mesmo alguns trabalhadores daqui não têm à disposição banheiro público”, reclama a dona de casa Vera Lúcia. Ela costuma ir ao Camelódromo comprar bijuterias. “Se der vontade de ir ao banheiro e for urgente...”, alerta.
Quem trabalha no comércio informal, como vendedores de confecções, alimentos, entre outros produtos, usando como ponto comercial o passeio público também reclama a ausência de banheiros públicos. “Quando preciso entro numa loja dessas, que o pessoal já me conhece, e vou ao banheiro”, diz o vendedor de lanches José Ribamar.
Na área do Camelódromo, a situação não é diferente. Vendedores e clientes não têm para onde ir na hora de um aperto daqueles. O jeito é se deslocar até a própria residência, quem mora próximo, ou recorrer aos banheiros do Hospital Regional Materno Infantil, ou de empresas aos arredores.
Os únicos banheiros que poderiam atender trabalhadores e demais frequentadores do Centro seriam os do coreto da Praça Tiradentes, ao lado, mas estão desativados há anos. Da porta de um deles é possível avistar a sujeira e sentir o mau cheiro. Segundo pessoas que trabalham próximo ao local, quem se arrisca a entrar nos dois ambientes são moradores de rua que vivem nas imediações do Terminal de Integração.
“Entra governo e sai governo e ninguém nunca fez nada para restaurar esses banheiros. Não tem banheiro aqui perto, a não ser os do Hospital Regional e de lojas, e não tem saneamento aqui no Camelódromo”, diz a comerciante Joyce Azevedo.
A vendedora de comida Creusa Costa trabalha há 18 anos no Camelódromo e afirma que gostaria de ver o local ser mais estruturado e os banheiros em funcionamento. “Quando comecei a trabalhar aqui, tinha zeladora e até vigia para os banheiros do coreto, era bem estruturado. Depois que saíram, os vândalos foram só danificando e hoje está desse jeito. Só o lugar, e sujo”, declara.
Comentários