Após esperar por quase dois meses por uma contraproposta da prefeitura, os trabalhadores da educação realizam nesta terça-feira (02) nova assembleia geral para decidir os próximos passos da campanha salarial 2013. O Steei apresentou a proposta de negociação à prefeitura desde o dia 8 de fevereiro, mas a prefeitura não apresentou sua contraproposta.
Na última quinta-feira, último dia útil de março, o ouvidor-geral do município enviou documento ao sindicato marcando uma reunião, porém o documento não apresentava nenhuma contraproposta dentro do prazo legal. E para surpresa da diretoria, o sindicato recebeu novo documento ontem (01) informando de novo adiamento da reunião, desta vez para a quarta-feira (03)
A categoria estranhou a demora por parte da prefeitura em se manifestar e também o fato de a reunião ter sido marcada com o ouvidor-geral e não com o secretário de Educação. “Após o prazo legal ter expirado, eles marcaram uma reunião com o ouvidor-geral do município para a terça à tarde. Mas antes, pela manhã, vamos ouvir a categoria pra saber o que faremos”, explicou o presidente do Steei, professor Wilas Moraes.
Entre os pontos da proposta enviada pelos trabalhadores da educação à prefeitura, destacam-se o reajuste salarial de 20%, vale-ticket de 250 reais para professores e de 150 reais para os demais trabalhadores e o cumprimento de 1/3 da carga horária em atividades extraclasse, retroativos a 2011, 2012 e também de 2013.
Recentemente, os trabalhadores da educação fizeram paralisação de advertência de dois dias para exigir o cumprimento da Lei do Piso, que determina 1/3 de atividades extraclasse para planejamento. Após a paralisação, a prefeitura disse aos diretores das escolas que a partir de ontem (01) essa questão estaria resolvida e que a lei seria cumprida. Porém, até agora o sindicato não foi informado da decisão.
Perguntado pela reportagem se há possibilidades de uma nova paralisação, o presidente do Steei disse que isso não depende dos trabalhadores, mas sim da prefeitura. “Apresentamos nossa proposta há quase dois meses e nesse período o secretário de educação não quis nos receber, apesar das inúmeras tentativas que fizemos de sentar com ele para negociar”, explicou. “Nossa assembleia geral é soberana e representa a vontade dos trabalhadores da educação e se ela decidir que devemos parar, vamos parar, se não, vamos continuar nas salas de aula, mas já está decidido desde a assembleia passada que estamos em estado de greve”, alertou. (Assessoria)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14667
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