Raimundo Primeiro

Mais uma vez, estarrecidos, os brasileiros, daqui de Imperatriz e das demais regiões do país, assistiram, atônitos, a cenas deploráveis procedentes do Congresso Nacional. Não entrando no mérito da repercussão mundial, já que imagens, áudios e textos correram o mundo, por meio do noticiário internacional. Eis, portanto, uma incontestável constatação do efetivo retrato do Brasil em âmbito de planeta.
Amalgamar a decisão do secretário-geral da Mesa da Câmara, Silvio Avelino, de assistir à reunião de líderes para discussão de assuntos inerentes a definição do dia para votação da eleição do sucessor do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a comportamento político, é tentar desviar os olhares da nação dos recentes episódios proporcionados pelo autor da iniciativa, o também deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA). A data continua sendo 14 de julho (quinta-feira).
Vale lembrar ao parlamentar, eleito pelos maranhenses, que estamos passando por transformações profundas e que mudanças estão ocorrendo também nas relações de trabalho, nas relações de emprego e na prestação de serviços.
Por que tais transformações não deveriam ocorrer também no sistema político brasileiro, já que seus integrantes, na condição de funcionários públicos federais, estaduais ou municipais, têm como primeira missão promover a melhoria da qualidade de vida de seus “representados”, fomentando o desenvolvimento nacional, respeitando e zelando pelo bem-estar dos munícipes, sejam eles ricos ou pobres – pretos ou brancos? A pergunta permanece sem resposta. Pelo menos, por enquanto.
Que os políticos, inclusive de Imperatriz, entendam que as necessidades básicas do ser humano são iguais em todos os lugares. Ou seja, todos querem ser felizes e não há felicidade quando seus organismos estão enfraquecidos ante ao desespero, a desqualificação de seus integrantes. 
É preciso progredir, avançar na escalada do desenvolvimento e isso, obviamente, só ocorrerá se nossas instituições crescerem, intensificarem o giro da roda do progresso. Riqueza gera riqueza; conhecimento e qualificação geram o bem-estar social.
Acreditem, políticos, o povo espera por resposta adversa àquela que os senhores, lamentavelmente, estão dando hoje em dia, sem nenhuma perspectiva de fazer com que o Brasil, já sofrido e baqueado, por sorte, ainda não combalido, possa reverter o quadro e, assim, poder acompanhar o ritmo de desenvolvimento de nações próximas de nós, aqui na América do Sul, entre os quais o Peru, por exemplo.
Poucas são as cidades brasileiras que não estão sofrendo com males decorrentes da péssima atuação de nossos “representantes” nas diferentes esferas da política. Se ainda não estão, caso não haja ruptura da forma como o sistema funciona atualmente, os terão em futuro próximo. Lamentavelmente, o país, forte em diversas áreas, continua sendo vítima da ação despreparada de políticos que mais parecem “ditadores” ou “senhores” da razão. Às vezes, se dizem os “donos do mundo” e, ou, do Brasil. 
Os políticos não seguem os princípios éticos e morais, além dos ditames da lei, erram. E que erro grotesco cometem assacando seus “venenos malignos” e destruidores contra a população brasileira.
Lamentável e vergonhosamente, o Brasil continua tendo o seu processo de desenvolvimento emperrado por causa de um sistema político falido, inconcebível em nações do denominado Primeiro Mundo, cujos integrantes parecem desconhecerem os direitos dos cidadãos e das cidadãs.
Que espaços sejam abertos para debates francos. A população cansou. Quer o propalado, mas vilipendiado – acesso aos diferentes escalões dos governos – garantido, ouvindo e sendo ouvido. Apresentando e observando ações que objetivem um Brasil melhor para todos, em todos os aspectos.
A Comissão de Ética da Câmara tem muito trabalho. Entretanto, que seus componentes recebam nova ótica, notadamente em relação ao comportamento que algumas “autoridades” políticas estão tendo para com o trabalho que lá é realizado na busca por um país diferente.
Que episódios como os que vimos nos últimos tempos não aconteçam mais. Chega de vexame e cenas vergonhosas promovidas pelos atores responsáveis pelo pleno funcionamento do Brasil.
Há, pois, de haver uma fiscalização inexorável e, mais do que isso: acompanhamento permanente e incisivo por parte da população. De todas as regiões!
As urnas, senhores políticos, estão próximas! Com elas, a resposta da voz rouca das ruas! Ou seja, a massa, os brasileiros!