Muitos hospitais orientam as gestantes sobre a importância de se fazer o teste de HIV no início da gestação. Porém, segundo Maria do Socorro Marques, coordenadora do Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) do Hospital Materno Infantil de Imperatriz, “muitas grávidas não fazem o teste porque o médico não pediu, ou em outra situação, o médico pediu, mas elas têm medo de fazer”.
O SAE é responsável pelo atendimento de crianças e gestantes com HIV e crianças soro expostas, aquelas que nasceram de mulheres com HIV, mas que o vírus ainda não foi detectado nelas.
O ambulatório também fica responsável pela observação e acompanhamento das crianças até um ano e meio de vida e da gestante com HIV.
Maria do Socorro frisa que “o primeiro passo para que grávidas saibam qual a importância de se fazer o teste de HIV é informar que, além delas se cuidarem, podem evitar que seu bebezinho seja contaminado”.

Quando o exame é positivo

O hospital possui uma equipe que cuida dessas gestantes, com um médico especialista que acompanha o pré-natal, enfermeiras, farmacêutico, técnicas de enfermagem e assistente social. Isso é essencial para fazer todo esse trabalho de orientação e evitar a transmissão do vírus ao bebê.
Sabendo que a mãe não vai poder amamentar o seu filho, o hospital também fornece o leite até os seis meses de vida da criança e medicamentos para a paciente poder secar o leite.
Todos os remédios estão disponíveis no hospital. Caso a gestante seja carente, são fornecidas cestas básicas, além de verificar se os outros filhos menores e o esposo também possuem o vírus.
“Todo esse trabalho é realizado no mais absoluto sigilo”, lembra Maria do Socorro. De acordo com a coordenadora, o hospital tenta informar os resultados positivos às gestantes, mas nem sempre elas são encontradas. “Muitos exames estão guardados há muito tempo. As pessoas fazem, mas nunca vêm buscar, acredito que por medo”, explica.