Terreno no centro é um problema antigo

Hemerson Pinto

“O medo é ver esse lugares se transformarem em casas do mosquito Aedes aegypti, pois há neles todos os elementos necessários para favorecer o surgimento de larvas do mosquito. E aí você já sabe, vem a dengue, chikungunya e zika vírus. Várias pessoas na cidade estão reclamando de sintomas que podem ser os sintomas dessas doenças e as ações, apesar das divulgações que estão acontecendo, parecem não estar fazendo efeitos”, diz o morador Álvaro Luís, do centro da cidade.
Ele e alguns vizinhos procuraram os hospitais de Imperatriz nos últimos 15 dias com sintomas como febre, vermelhidão, dores nas articulações, coceira, sintomas associados a essas doenças.
Na Vila Lobão, moradores da Rua São João também estão reclamando da ausência de ações voltadas para o combate ao mosquito. Segundo a comerciante Hulda Queiroz, o esposo dela e boa parte da vizinhança, a rua não recebe agentes de edemias nem foi visitada pela ação promovida pelo Exército Brasileiro em parceria com o município.
Assim como ela, a vizinha Paula e o vizinho Antônio afirmam que em suas residências tomam cuidados com os quintais e até com ambientes internos com o recolhimento de objetos que possam acumular água e favorecer o surgimento de larvas do mosquito  Aedes aegypti. Porém, outra parte dos vizinhos não tem os mesmos cuidados e sem as ações para forçar a fiscalização, fica difícil evitar. Hulda, o esposo, Paula e Antônio estão com sintomas da dengue, assim como os parentes.
Além disso, a Rua São João fica localizada próxima a uma área cercada por terrenos baldios que servem como depósitos de lixo. Nenhum desses terrenos, de acordo com os vizinhos, recebeu visitas das equipes do 50º BIS e Prefeitura durante a ação realizada no mês de fevereiro.
Na sessão de ontem, na Câmara de Vereadores, foi votada e aprovada uma indicação que sugere o esforço por parte da Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente em fiscalizar terrenos baldios que servem como lixão e obrigar os proprietários a murá-los, como está previsto no Código de Postura do Município.