Hemerson Pinto
“Eu já caí duas vezes de moto enquanto andava na chuva. Uma vez foi por causa de um buraco cheio de água no asfalto e eu não percebi que ali era um buraco. Outra vez precisei frear para desviar de um cachorro no centro da cidade e tinha chovido pouco e aquela areia que fica perto da calçada tinha sido levada para a faixa de trânsito. Ficou aquele meladeiro e a moto derrapou. Desta vez, sofri alguns aranhões”, lembra o mototaxista Manoel Alves.
De carro, o perigo também existe. Dependendo da velocidade e das condições da pista, frear pode não significar reduzir a velocidade no tempo resposta esperado. Outro fator decorrente do período chuvoso e que contribui para acidentes com carro ou motocicleta é o acúmulo de água na pista.
“Nós temos em Imperatriz ruas asfaltadas, mas com falhas que não foram corrigidas e são locais que acumulam água das chuvas. Um dos exemplos é a Avenida Pedro Neiva de Santana, ali depois da TV Nativa, onde nas duas pistas fica água acumulada. Qualquer descuido você perde o controle por causa da aquaplanagem e aí já era”, alerta o autônomo Pedro Gomes.
A recomendação é tirar o pé do acelerador durante chuvas, ou mesmo sem chuvas, mas quando a pista ainda estiver molhada ou com água acumulada. Em curvas, principalmente, o cuidado com asfalto molhado é para não perder o controle sobre a direção do carro e rodar na pista, podendo sair da estrada ou invadir a pista contrária e bater em outro veículo.
Um acidente com essas características aconteceu no último final de semana na BR-010 entre os municípios maranhenses de Porto Franco e Estreito. O resultado foram pessoas feridas e danos materiais.
Itens como os limpadores de para-brisa devem estar funcionando perfeitamente para permitir a visibilidade dos motoristas que trafegam sob chuva. Também é recomendado usar os faróis em caso de chuva, para aumentar a possibilidade de ser notado por outros condutores. Aos motociclistas, a recomendação é reduzir a velocidade mais ainda em pistas molhadas. Em caso de chuva muito forte, a orientação é parar e esperar a chuva passar.
Nas ruas da área central e demais bairros, os cuidados também são indispensáveis. O excesso de velocidade da mesma forma não combina com o chão molhado. O perigo é maior nos cruzamentos ou em trechos onde existem crateras. Nos cruzamentos com semáforo, a atenção para saber se o sistema está funcionando ou não. É comum em período chuvoso os semáforos apresentarem defeitos.
Principalmente na periferia, onde a maioria das ruas não possui pavimentação, é comum a formação de buracos com lama que se transformam em atoleiros. Tanto na área central quanto em outros pontos da cidade, é necessário saber se o local onde vai deixar o veículo estacionado por algumas horas não é um dos pontos de alagamento durante chuvas fortes.
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