Taxistas reunidos no sindicato para falar sobre o assunto

Hemerson Pinto

Reunidos no escritório do sindicato da classe, bairro Maranhão Novo, taxistas do aeroporto de Imperatriz convidaram O PROGRESSO para relatar uma situação que incomoda há vários meses. Segundo os profissionais, quem atua no referido ponto está levando prejuízos devido a atitudes dos chamados ‘furões’, taxistas de outros pontos que acabam invadindo o espaço dos colegas de profissão.
“Há vários meses alguns colegas estão fazendo um trabalho que não é correto, e pior, está causando problemas ao ponto de denegrir a imagem da gente. Cobrando valores alterados, sabemos que têm desaparecido objetos de passageiros. A culpa fica para os táxis do aeroporto”, explica Shirlei Rodrigues Santana, taxista do aeroporto Renato Cortez Moreira.
Segundo Shirlei, 14 taxistas atuam no aeroporto e atendem passageiros de pelo menos seis desembarques diários. Taxistas de outros pontos espalhados pela cidade têm liberdade para deixar e buscar passageiros no aeroporto, desde que as corridas tenham sido acertadas anteriormente. “Pois todo taxista tem seus clientes, e às vezes a pessoa viaja e quando retorna liga para o taxista pegá-lo. Isso é tranquilo, até porque o local é público”, comenta.
O que tem deixado os reclamantes insatisfeitos são as ‘furadas’, como eles mesmo dizem, de colegas de outros pontos. “A gente pediu para a Setran tomar providências e também comunicamos ao sindicato. A população pensa que a gente que está cobrando esses valores alterados, mas usamos o taxímetro desde dezembro de 2012.
Por trabalharem limitados aos horários de voos, os taxistas do aeroporto têm direito a circulada com a tarifa, ou ‘bandeirada’, cobrando R$ 4,70, ou seja, R$ 1,20 acima do valor da tarifa de um táxi de outro ponto. As taxas cobradas por quilômetros corridos também são maiores. “A gente encerra quase às 2h da manhã e chega às 5h, pagamos taxas da empresa (Aeroporto Táxi), contador e contribuições sociais. Temos cursos que ajudam a melhorar nossa qualidade no atendimento, como o de Libras – Língua Brasileira de Sinais”, justifica Shirlei.
Há sete meses, Alielson Alves entrou para o grupo dos taxistas do aeroporto e já notou atitudes que o deixaram constrangido e insatisfeito. “O rapaz já estava com a mala dentro do carro de taxista do aeroporto e um colega chegou e, tinha conhecimento com o passageiro, acabou levando o passageiro”, lembra.
O presidente do Sindicato dos Taxistas lamentou a postura dos profissionais que não estão respeitando os espaços limitados aos colegas de profissão. “Se o táxi está autorizado pelo Município a prestar um serviço no aeroporto, aquele táxi tem um alvará de lá. Alguns companheiros vão lá levar alguns passageiros, que já é corrida acertada. Outros vão angariar passageiros, isso está errado. Está sujeito a ser penalizado, vamos falar com o secretário de trânsito”, declara João Assunção.
A direção do sindicato alerta aos passageiros que utilizam táxis do ponto do aeroporto de Imperatriz que todos os veículos possuem taxímetro, um escudo de identificação da empresa ‘Aeroporto Táxi’, além do número de identificação do veículo.