Hemerson Pinto
A Câmara que apresentou o Projeto de Lei que regulamentaria o serviço de táxi-lotação em Imperatriz foi a mesma que rejeitou. Quando o projeto foi aprovado pelos vereadores e encaminhado ao prefeito Sebastião Torres Madeira, a esperança era pela aprovação do chefe do Executivo, o que garantia a legalidade do serviço. O prefeito resolveu vetar e a proposta foi devolvida à ‘Casa de Leis’.
Na sessão de ontem da Câmara Municipal, os vereadores fizeram a votação que decidiu a vida dos 136 taxistas do serviço de lotação na cidade de Imperatriz. A maioria deles acompanhou o debate e o momento em que 12 dos 18 vereadores presentes votaram a favor do veto do prefeito Madeira, ou seja, contra o projeto apresentado pela própria Câmara.
A votação foi secreta, mas toda a sessão e o resultado dos votos foram acompanhados por dezenas de taxistas que exercem o serviço de lotação, além de taxistas dos vários pontos de táxis da cidade, mototaxistas e esposas dos taxistas lotações.
“Vai ficar mais difícil para ele levar o pão para os filhos e arcar com outras despesas que temos em casa. Ele vai continuar irregular, mas vai trabalhar”, gritava uma das mulheres pelos corredores.
“Infelizmente, os vereadores não souberam entender a realidade do projeto que era um bem para a cidade de Imperatriz. Uma cidade grande que necessita de outros meios de transporte, até porque quando a empresa de ônibus entra em greve, fica um ‘Deus nos acuda’ na cidade. Seria organizado com 100 táxis regulamentados com horários de começar e terminar, das 6h às 20h de segunda a sábado, e aos domingos, das 6h às 13h, levando do Centro aos bairros ou dos bairros ao Centro”, disse o vice-presidente da Associação dos Taxistas de Lotação, Manoel Almeida.
Na opinião do presidente do Sindicato dos Taxistas de Imperatriz, “foi feita a justiça, a aprovação traria prejuízos como aconteceu em lugares onde foi implantado. Foi em benefício da maioria, somos 630, e não de um grupo pequeno com pouco mais de 100 pessoas”, disse João Assunção.
Após o resultado da votação, os taxistas do serviço de lotação se reuniram em frente à Câmara de Vereadores, onde atenderam à imprensa e repudiaram a rejeição do projeto.
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