Hamilton Zanola com membros da RPO no interior da fábrica da Suzano

Domingos Cezar

O lixão situado às margens da Estrada do Arroz, nas proximidades da fábrica da Suzano Papel e Celulose, não está apenas incomodando as pessoas pelo forte odor, mas também vem prejudicando a empresa, uma vez que as pessoas confundem o mau cheiro do chorume do lixão, com o produzido pela fábrica ativada 24 horas por dia.
Visando evitar todo e qualquer problema relacionado com a produção de papel e celulose, a Suzano formou em Imperatriz a Rede de Percepção de Odor – RPO, formada por 30 membros da comunidade, residentes na zona urbana, em bairro mais próximo à fábrica e na zona rural, nas vilas e povoados próximo a fábrica da empresa.
No último sábado (17), por ocasião da quarta reunião da RPO, o gerente de Meio Ambiente da Suzano, Hamilton Zanola, explicou aos membros que a empresa tem sido referência mundial no que diz respeito ao consumo de água. “Enquanto se cobra o máximo de 30m3, nós estamos em torno de 23,48m3, além de despachar a água ao rio completamente tratada”, garantiu Zanola.
O gerente afirmou ainda que a empresa vem se destacando na eficiência em tratamento de efluentes, “tanto que este ano só recebemos uma reclamação de cheiro no mês de janeiro, oriundo do povoado Imbiral, mas de lá para cá não recebemos mais nenhuma reclamação, o que deixa transparecer que a fábrica está funcionando a contento”.
Hamilton Zanola destacou que a proximidade da fábrica com o lixão vem comprometendo a empresa, uma vez que muitas pessoas ao sentir forte cheiro, pensam logo que é da fábrica, “quando na verdade ele parte do lixão em face ao chorume que também causa sérios problemas ambientais aos riachos da região que desembocam no rio Tocantins”, afirma o gerente de Meio Ambiente.
De acordo com o gerente, a Suzano propôs uma parceria com a Prefeitura de Imperatriz, para que esta adquira um terreno, aonde a empresa vai construir um aterro sanitário. “Mas para isso é necessário primeiro que a prefeitura feche definitivamente o lixão, que a empresa também se compromete recuperar a área”, garantiu Zanola.
Hamilton Zanola afirmou que a fábrica vem produzindo normalmente, já exportou celulose para a China e vai começar a exportar para a América do Norte e Europa. Em seguida os membros foram convidados a conhecer o laboratório, onde cheiraram um vidro com chorume do lixão, outro com esgoto doméstico e outro com líquidos químicos utilizados na fabricação de papel e celulose.
“Vocês tem sido grandes colaboradores da Suzano, e em especial das comunidades em que vivem”, disse Hamilton Zanola, agradecendo a cada membro da Rede de Percepção de Odor. “Sei que vocês deixam seus afazeres pessoais para estarem aqui, porque se preocupam com a qualidade de vida de sua comunidade”, afirmou Zanola, convidando para um novo encontro no mês de julho.