O assunto da coluna desta semana não poderia ser outro a não ser a inauguração da fábrica da Suzano, evento que por sua importância traz a Imperatriz grandes nomes do empresariado e da política nacional. Por conta da inauguração da fábrica, a presidente Dilma Rousseff ampliou o roteiro de cidades por onde passará nesta quinta-feira. Dilma já tinha agenda em Belém e Marabá, no Estado do Pará, e ontem a assessoria dela confirmou que a mesma estará em Imperatriz. Deve acompanhá-la na comitiva o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o senador José Sarney.
A inauguração da fábrica é um evento importante, uma data bastante significativa por marcar a consolidação de um novo ciclo econômico da cidade que, segundo nossos historiadores, já passou pelos ciclos da madeira, do arroz e do ouro; consolidou os do comércio e dos serviços, e agora abre-se para o processo de industrialização, que já começa bem com uma unidade industrial de um respeitável grupo empresarial com 90 anos no mercado de celulose no Brasil e no exterior.
A entrada em operação da unidade da Suzano em Imperatriz é saudada por alguns como marco do crescimento e do desenvolvimento econômico de Imperatriz, com a crença de que depois dela muitas outras indústrias de grande porte encontrem também o caminho da nossa cidade; outros ainda a veem com certa desconfiança face aos previsíveis, e imprevisíveis impactos ambientais que possam advir. O bom é que a empresa chega num momento em que o País conta com regras claras e bem definidas quando se fala em meio ambiente, e com um Ministério Público cada vez mais presente quando se fala de direitos difusos.
Desconfianças e incertezas à parte, nesta quinta-feira, 20 de março de 2014, a maioria dos imperatrizenses acorda orgulhosa por morar numa cidade pujante, com vocação para ser grande, com a capacidade de atrair uma das maiores indústrias de celulose do mundo, privilégio de poucas, e que já anuncia para este ano a produção de pelo menos 1 mi toneladas do produto.
Se a Suzano acreditou e veio, certamente outras empresas de diferentes ramos da indústria também virão. Já temos um Distrito Industrial e os incentivos necessários para isso.
Aqui, para se estabelecer, a Suzano encontrou não só as condições geográficas e de logística, mas também o apoio institucional do Governo do Estado e da Prefeitura que não mediram esforços, primeiro, para que a fábrica viesse para o Maranhão e, depois, para que a mesma fosse implantada em Imperatriz. O que pôde ser feito em termos de incentivos foi feito.
Nas palavras do prefeito Sebastião Madeira, todo esse esforço valeu a pena, uma vez que se estabeleceu uma saudável relação de confiança entre a empresa, a Prefeitura e o Governo do Estado, o que motivou a Suzano a implementar em Imperatriz a sua sexta unidade fabril, uma das maiores do mundo.
Numa conversa com amigos ontem pela manhã, Madeira disse que a instalação da fábrica da Suzano/Imperatriz é um desses eventos que definem o futuro de uma cidade e muda sua perspectiva econômica. Para o prefeito, ao receber um investimento do porte da Suzano, com certificação internacional em todas as áreas, Imperatriz, entre muitos outros benefícios, terá elevado o nível de profissionalismo em seus diversos segmentos.
Como veio para ficar, espera-se que, além dos empregos diretos e indiretos e das receitas que vão dobrar num futuro breve o Produto Interno Bruto (PIB) de Imperatriz, a Suzano aumente também o grau de inserção na sociedade local. E com isso melhore o relacionamento com a cidade apoiando as entidades que desenvolvam projetos sociais nas áreas da educação, meio ambiente, esporte e lazer, e contribua efetivamente para que se estabeleça uma relação harmoniosa entre os interesses da empresa e os interesses e necessidades da sociedade imperatrizense. Haveria, assim, uma espécie de contribuição permanente da empresa a favor de quem a recebe hoje de braços escancarados.
* Elson Mesquita de Araújo, jornalista.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14958
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