Membros da Rede de Percepção de Odor aprendem a identificar o cheiro

Domingos Cezar

A Suzano Papel e Celulose começou sua operação na fábrica de Imperatriz no final de dezembro dentro da normalidade e das expectativas dos executivos da empresa. A informação foi prestada aos membros da Rede de Percepção de Odor (RPO), pelo gerente de Meio Ambiente, Hamilton Zanola, no último sábado (1º), por ocasião da terceira reunião da RPO, na Unidade do IFMA.
Os membros da Rede tiveram, na ocasião, a oportunidade de participar da segunda parte do curso "Importância da Rede de Percepção de Odor", ministrado pelo engenheiro químico Jurandir Brito, que tem uma larga experiência de trabalho nesta área, no Polo Petroquímico da Bahia, um dos maiores no gênero, em todo o Brasil.
Hamilton Zanola, que coordena as ações da RPO desde sua instalação, informou que a unidade da Suzano em Imperatriz começou efetivamente a produzir no final do ano passado. "Estamos muito satisfeitos porque o funcionamento de uma fábrica de celulose é muito complexo, mas começamos a produzir e nenhum problema foi apresentado", revelou.
O gerente de meio ambiente informou, ainda, que a primeira leva de celulose fabricada na indústria local foi vendida para uma fábrica de papel situada em Belém (PA). "Nossa expectativa é para a primeira leva de exportação prevista para o próximo mês de março, dessa feita em grande escala comercial", afirma Zanola, ressaltando que a via férrea deverá ser concluída nos próximos meses.
De acordo com Hamilton Zanola, a Suzano tem uma grande preocupação ambiental, no sentido de que as pessoas que moram no entorno da indústria não sofram com problemas relacionados com o funcionamento da fábrica. "Para isso é que foi criada a Rede de Percepção de Odor, para que as pessoas aqui treinadas possam identificar um forte cheiro quando a fábrica porventura apresentar qualquer defeito".
Nesse sentido a empresa distribuiu cinco pontos básicos em seu entorno. Bairros Sumaré e Ouro Verde, em Imperatriz; Praia da Gaivota, no rio Tocantins, Estrada do Arroz (povoados Bacaba, Matança e Olho D'Água dos Martins), Imbiral (MA/TO), e Bico do Papagaio, até Esperantina, nas margens do rio Araguaia, na divisa com o estado do Pará.
Segundo informou o gerente de meio ambiente, a Suzano implantou uma estação metereológica e uma rosa dos ventos, que indicam a direção e velocidade do vento, o que permite uma melhor identificação do odor da fábrica. "Quando identificamos que o odor parte da fábrica tomamos as providências necessárias e essa responsabilidade de informar cabe aos membros da rede e de toda a sociedade", conclui Hamilton Zanola.